O trabalho infantil é um problema que esteve sempre presente na realidade dos brasileiros. Nos dias de hoje, mesmo com o advento de leis trabalhistas que restringem a participação de menores no mercado de trabalho, ainda lutamos contra esse tipo de exploração. A pobreza e a falta de investimentos em certas regiões do Brasil é a principal causa do trabalho infantil, que prejudica cada vez mais, a vida desses jovens. Em princípio, as regiões brasileiras mais pobres e pouco desenvolvidas, são os principais palcos para a exploração do trabalho de crianças e adolescentes. Com a concentração de indústrias e riquezas no Sul e Sudeste do Brasil, regiões com o Nordeste, onde existem os maiores índices de trabalho infantil do país, ficaram desamparadas e, consequentemente, não houve investimentos em escolas e criação de empregos suficientes para atender à demanda da população. Com isso, muitas crianças são obrigadas a trabalharem para sustentar a si e a suas famílias, alimentando o trabalho infantil. Ademais, a trabalho infantil prejudica o desenvolvimento dessas crianças, contribuindo ainda mais para tal exploração. De acordo com dados do IBGE, mais de 3 milhões de crianças e adolescentes trabalham, sendo 1,6 milhões deles, menores de 16 anos. Nesse caso, o abandono escolar torna se inevitável, já que não resta tempo para que essas crianças e adolescentes possam se dedicar aos estudos, o que acaba os tornando incapazes de competir no mercado de trabalho, gerando ainda mais pobreza e exploração infantil. Portanto, o abuso de crianças e adolescentes para fins lucrativos, é uma questão que precisa ser solucionada. Para acabar com o trabalho infantil, é necessário que haja, por parte do governo, maiores investimentos nas indústrias das regiões pobres do Brasil, a fim de gerar mais empregos e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Além disso, é preciso investir na educação pública e em punições mais rígidas àqueles que contratam mão de obra infantil. Somente assim mudaremos essa realidade.