Título da redação:

Mais educação, menos escravidão.

Tema de redação: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 14/03/2016

Considera- se trabalho infantil, no Brasil, aquele realizado por crianças ou adolescentes com idade inferior a 16 anos, a não ser na condição de aprendiz, quando a idade mínima permitida passa a ser de 14 anos, e que além disso, compromete o desenvolvimento físico, psicológico e cultural de crianças e adolescentes, segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente. Entretanto, a exploração infantil é uma dura realidade no Brasil. Pesquisas realizadas por instituições como o PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), revelam a imensidão de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, que trabalham no Brasil. É sabido que os maiores números são expressos nas zonas periféricas, onde existe maior concentração de famílias carentes, e faz-se necessária a ajuda do filho(a) que já pode realizar algumas tarefas "remuneradas" que por vezes, ajudam nas despesas familiares, além do mais, precisam dar conta dos estudos. No entanto, dados obtidos pela UNICEF ( Fundo das Nações Unidas para a Infância), mostram que a maioria das crianças e adolescentes que deixam a escola, são aquelas que estudam e trabalham ao mesmo tempo, quando estão fadadas das longas e ofegantes jornadas diárias. A disponibilidade do mesmo trabalho exercido por um adulto e o baixo custo da mão de obra infantil, faz com que elas sejam tão "requisitadas" e esse problema ainda exista no Brasil contemporâneo. Em uma interpretação capitalista, o problema de crianças trabalharem antes do tempo seria apenas as condições físicas insuficientes. Todavia, as crianças necessitam de educação, cuidado e amor durante a sua formação psicológica, cognitiva e cultural. Colocar crianças mais cedo no mercado de trabalho é tirar dos menores o direito de lazer, diversão e educação. É dizer que a fase adulta chegou mais cedo, que o tempo de brincar acabou, e agora precisam arcar com suas responsabilidades. É tirar o brilho do sorriso inocente e comprometer o futuro econômico do país, uma vez que no futuro, o país terá adultos com pouca formação acadêmica, consequentemente, pouca renda mensal e pouca participação no PIB (Produto Interno Bruto) do país. A partir disso, compreende-se o papel que a mídia pode exercer na propagação de ideias anti-escravidão infantil, assim como a escola, colocando nas aulas discussões sobre o tema em debate; o governo também é partícipe nessa causa, promovendo construção de mais escolas, locais recreativos, de modo a tornar as crianças atraídas pela educação, esporte; e promover bolsas às famílias carentes, para que a pressão sobre as crianças seja amenizada. Além de criar leis mais severas aos verdadeiros "senhores do engenho" do Brasil atual. Assim, as crianças terão a oportunidade de crescer com o país em termos sociais e econômicos.