A problemática do trabalho infantil, vem sendo deflagrada desde a Revolução Industrial, onde crianças realizavam atividades nas fábricas para ajudar na renda familiar. No Brasil, esta é uma realidade comum, que deve ser enfrentada, uma vez que muitos menores são explorados e perdem duas das fases da vida que são a infância e a adolescência. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes: as condições socioeconômicas e o que é previsto por lei. É indubitável que a pobreza está entre as principais causas deste mal. O fato de muitos jovens viverem em estado deplorável de miséria, acarreta uma migração mais prematura, dos mesmos, ao mercado de trabalho. Este é o motivo mais comum da evasão escolar, e como não possuem preparo, consequentemente com pouca instrução, estão fadados a aceitarem subempregos e assim continuarem a alimentar o ciclo de pobreza no país. Além disso, ficam propensos a exploração, com jornadas absurdas, castigos físicos e psicológicos, que levam a fadiga extrema e danos, muitas vezes, irreversíveis a sua saúde. Em contrapartida, estatutos como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) vem ganhando notoriedade neste cenário de cenário de luta. Além deste, outras políticas afirmativas, como o Peti, foram criadas e vem se esforçando ao máximo para atender e resgatar as vítimas do trabalho infantil. Os resultados já estão sendo colhidos, apesar dos números continuarem altos, de 2001 a 2011 houve uma significativa diminuição na taxa de crianças e jovens trabalhando, o que representa uma vitória na luta para erradicar este problema. Logo, o trabalho infantil é um problema presente na sociedade brasileira; com relação a isto, foram tomadas algumas medidas, entretanto, não se deve ficar preso somente a estas. Por parte do Ministério Público Federal, necessita-se de uma maior fiscalização dos postos de trabalho, principalmente nas periferias e em lugares afastados. Nas escolas, faz-se necessário, o desenvolvimento de projetos com o intuito de mostrar e alertar os alunos sobre a exploração do trabalho infantil. E por fim, nessas regiões precárias, deve-se haver um acompanhamento, mais significativo, das famílias por assistentes sociais para orientá-las sobre a situação. Só então, nossa sociedade poderá, enfim, evoluir a um outro nível.