O trabalho infantil não é um problema atual, desde o Brasil Colônia as crianças eram submetidas às atividades nas lavouras e nas casas dos senhores de engenho. Essa situação, infelizmente, continua acontecendo em menor proporção e em cenários mais modernos. Dessa maneira, as crianças vítimas do trabalho infantil não só ficam prejudicadas no processo de aprendizagem, mas também se tornam portadoras de um possível futuro condenado. No Brasil, a contemporaneidade ainda é marcada pelo trabalho infantil, mais de 3 milhões de crianças e adolescentes trabalham, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Essa realidade é a principal causa do abandono escolar e do baixo rendimento nas matérias curriculares. Tais consequências são resultadas do cansaço físico e emocional causados pelo trabalho exaustivo com cargas horárias elevadas; seja no trabalho doméstico, agrícola, urbano ou midiático, muitas crianças são exploradas dessa forma. Nesse contexto, as crianças e os jovens lesados pelo trabalho precoce, provavelmente, não estarão aptas para competir por vagas no mercado de trabalho quando alcançarem a idade adulta. Diante disso, muitos vão optar por empregos não qualificados, de remuneração muito baixa ou por empregos informais. Assim, estarão condenados a dar continuidade ao ciclo de pobreza de onde iniciaram suas vidas. Fica evidente, portanto, que a exploração da mão de obra infantil aniquila os direitos básicos dos mais jovens e compromete o destino deles. Para que haja mudança, cabe ao Governo Federal investir na qualificação profissional do responsável financeiro da família e dos profissionais da educação, com o intuito de melhorar a renda das famílias pobres e de evitar a evasão escolar; para que as crianças e os adolescentes sejam livres e motivados para se dedicarem aos estudos, aumentando as possibilidades deles alcançarem um futuro melhor. Também, é importante que os gestores públicos continuem investindo em programas sociais como o Bolsa Família para evitar que as famílias de baixa renda obriguem as crianças a trabalharem. Ademais, faz-se necessário que os meios midiáticos promovam campanhas que estimule a sociedade a denunciar a exploração infantil. Assim, todas as crianças terão seus direitos constitucionais respeitados e a garantia de um futuro promissor para elas e para o país.