Em épocas de crises, vê-se necessário o corte de gastos. Uma das primeiras medidas adotadas por industriários e a eliminação de trabalho qualificado, ou seja, de mão de obra cara. Neste caso, tem-se a contratação de pessoas menos qualificadas para o trabalho, que demandam um menor gasto com seus serviços. Porem, uma menor qualidade no produto final. E qual seria uma mão de obra mais desqualificada e barata do que a de crianças. Somente no nordeste mais de 25% das crianças trabalham em algum tipo de indústria, dessas mais de 55% provem da área rural. Diante disso foram-se criados órgãos, leis foram alteradas, programas de incentivo financeiro, como o bolsa família, foram criados, a fim de melhorar-se as condições familiares. Não obstante, ainda hoje mais de cinco milhões de jovens entre 12 e 17 anos trabalham de forma ilegal no Brasil. Outrossim, a divisão do tempo destas crianças entre o trabalho e os estudos, é prejudicial. Tem-se um rendimento reduzido em suas aulas, e certamente serão candidatos ao abandono escolar, conduzindo-os assim a um despreparo para um mercado de trabalho exigente. Desta forma, alimentando o ciclo de pobreza no país. O Brasil e um pais extremamente rico, ele é o 3 maior produtor de minério de ferro, do mundo, e o 7 maior produtor de carne. Mas os lucros provindos destas riquezas não aprecem ser bem alocados em setores de extrema importância, como a educação, em especial em cursos técnicos para preparar jovens para o mercado de trabalho. Em suma, para que se haja uma efetiva reintegração de crianças as escolas deve-se num primeiro momento, ajustar os projetos sociais aplicados pelo governo, de forma efetiva, alocando verbas em setores adequados. O trabalho infantil no Brasil é apenas um sintoma da alta intervenção estatal no setor privado, causado desta forma desempregos em massa, além de enfraquecimento econômico.