Título da redação:

Do filósofo grego ao iluminista: a atenuação do trabalho infantil no Brasil

Tema de redação: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 27/04/2016

A questão do trabalho infantil tem origem com o advento da Revolução Industrial no século XVIII, que impregnou consequências marcantes na sociedade europeia surgida a partir da consolidação do capitalismo moderno. No Brasil hodierno não é diferente, visto que mais de 3,3 milhões de crianças estão situadas no trabalho infantil, segundo o estudo redigido pela Fundação Abrinq. Nesse contexto, são visíveis os impactos negativos dessa realidade na formação do infante, pois este, situado nessa condição, usualmente não terá acesso aos direitos essenciais garantidos pela Constituição. Imerso nesse âmbito, nota-se os diversos problemas surgidos a partir da condição prematura de trabalho a qual o indivíduo adquire. “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”, o excerto de Pitágoras, filósofo e matemático grego, demonstra a importância da educação no desenvolvimento do jovem. Com a abrangência do trabalho infantil, por exemplo, tal direito será negado à criança e, por conseguinte, acarretará em uma má formação nas ideologias e capacidades eruditas dela. Além disso, há uma probabilidade preocupante de que, no futuro, o jovem busque a inadimplir com as normas vigentes no Brasil – estipuladas pela Carta Magna, a Constituição. Este conjunto de normas o qual, ao mesmo tempo em que garante uma série de benefícios, expõe punições para indivíduos que descumpram com o contrato social – parceria entre a sociedade e o Estado, conceituada pelo filósofo francês Rousseau, que garante aos indivíduos uma condução pacífica e de bem-estar social – falha ao ser aplicado na realidade. Tal fato é notório quando se analisa a situação de diversos infantes, pois direitos como o acesso à saúde, à educação e à cultura não alcançam o cotidiano de, no mínimo, 3,3 milhões de indivíduos. Destarte, medidas são imprescindíveis para resolver o impasse. Em parceria com o Estado, o corpo docente de instituições acadêmicas renomadas devem promover políticas de inclusão – inicialmente, culturais – em regiões afastadas dos polos metropolitanos, onde o trabalho infantil é acentuado pela dificuldade em fiscalizar. Outrossim, é necessário que o Estado elabore campanhas midiáticas para conscientizar o corpo social brasileiro, cujo papel será auxiliar na fiscalização, junto à polícia civil, e combater o trabalho infantil. Por fim, assegurar os direitos básicos aos infantes – como o acesso à educação – deve se tornar prioridade por parte da Gestão e, dessa forma, os impactos negativos consequentes da interrupção da infância serão atenuados.