É considerado trabalho infantil no Brasil, aquele realizado por crianças ou adolescentes com idade inferior a 16 anos. O trabalho infantil ainda é um grande problema social no país, milhares de crianças deixam de ir à escola para trabalhar. Nesse contexto, cabe analisar qual a realidade do trabalho infantil no país, e formas de erradicar tal prática. Antes de tudo é imprescindível ressaltar que qualquer atividade que caracterize algum tipo de trabalho, realizado pela criança é considerada exploração. Muitas crianças começam a trabalhar bem cedo para ajudar a família que não dispõe de boa condição financeira. Mesmo com baixa condição, é necessário que a família saiba que a criança deve estar na escola, e não em semáforos ou lavouras para aumentar a renda familiar. Exemplo disso, são dados da OIT, em que há 5 milhões de jovens trabalhando no país, sendo quase 3 milhões em situação irregular, muitos trabalham como escravos, ou para pagar dívidas assumidas pelos pais. É válido analisar ainda que políticas públicas foram implantadas para erradicar o trabalho infantil, mas muitas crianças ainda são exploradas. Na década de 90 o governo passou a tomar medidas legais e a instituir políticas públicas na tentativa de solucionar o problema. Foram criados programas como o bolsa família, bolsa escola, programa de erradicação do trabalho infantil, mas segundo dados da UNICEF, a exploração do trabalho de crianças no Brasil, teve um aumento de 23%, dando destaque para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Fica claro, portanto, que a realidade da exploração do trabalho infantil no Brasil ainda é constante. Esse quadro será revertido quando houver uma ação conjunta de governo, sociedade civil e organismos internacionais no combate as práticas de exploração do menor. Aliado a isso, é necessário um monitoramento eficaz do cumprimento das políticas públicas, pelo governo. Pois como citou a advogada da Justiça do Trabalho, Fernanda Beltrão: “Diga não ao trabalho infantil, nesta brincadeira todos saem perdendo”