Certamente, toda criança sonha em se tornar um médico, um bombeiro ou até cientista. Tantas profissões almejadas, que requerem muito estudo, apoio e incentivo familiar. Mas o que aconteceria, se o estudo fosse menosprezado pela família, o primeiro e mais importante pilar da sociedade moderna, família na qual, provavelmente, também foi fruto de desprezo semelhante, e se, adjunto a tudo isso, a pobreza, reflexo da extrema desigualdade social, se fundisse à necessidade por um bem-estar social e econômico. O resultado poderia ser exposto, de modo semelhante a um ciclo vicioso. No que pode ser chamado de “hereditariedade social”. Os pais das crianças irão fazê-las passar pelo que passaram, muitas vezes fruto da necessidade. Ao serem privadas de estudar, e obrigadas a trabalhar na infância, elas dificilmente ascenderão na sociedade ou na classe social, estando sempre a mercê de trabalhos marginalizados, não garantindo um bem-estar próprio, e para uma provável futura família. A necessidade por um bem-estar, em meio à pobreza extrema, ofuscará a importância do estudo. Sem dúvidas, em uma família em que se trabalha para sobreviver, tais questões como o estudo poderia ser questionada pela criança, ou até mesmo repudiada, pois os resultados de uma educação básica são a longo prazo, e infelizmente, diante a fome e miséria, o longo prazo fica fora de cogitação. Buscasse o impulsivo, qualquer meio de conseguir dinheiro será bem visto pela sua família, e mais tardar, pela criança proletária. Portanto, para enraizar a importância da educação, e manter as crianças salvas de tal abuso, pode-se aumentar e padronizar as cargas horarias de todas as escolas, pois assim, as crianças, durante aquele longo horário estipulado, deverão estar nas escolas, aonde irão não apenas aprender, mas reconhecer a importância daquele ambiente, através de palestras, cartilhas, visitas de profissionais como médicos, bombeiros, podendo servir como estímulo as crianças, e claro, qualquer criança que não esteja na escola, dentro do horário padrão escolar, deverá ser resguardado pelo PETI (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) ou Conselho Tutelar, preservando assim, os que serão o futuro do nosso país.