Faz parte do cenário brasileiro a criança pobre que trabalha. Encontra-se em muitas cidades, com facilidade, crianças engraxando sapatos, vendendo mercadorias em situação de ambulantes. O trabalho infantil no Brasil existe e deve ser erradicado. O trabalho infantil é mais frequente em áreas pobres do País e tem origem em diversos problemas sociais. A pobreza extrema, com necessidade de contribuição financeira da criança, e a falta de perspectiva aliada à má qualidade da educação são os principais motivadores do trabalho. O ambiente de trabalho nunca é adaptado e seguro para uma criança. Na lavoura, por exemplo, elas são expostas à agrotóxicos e ao sol, muitas vezes sem proteção. Nas fábricas, à aparelhos e maquinários perigosos que não deveriam ser manuseados por crianças. Por não ser adaptada ao trabalho, a saúde da criança corre riscos como fadiga extrema, problemas respiratórios, amputações, problemas na coluna e no crescimento e outros. Segundo o Ministério da Saúde crianças sofrem seis vezes mais acidentes de trabalho que adultos. Além de estarem inaptas ao trabalho infantil e muito mais propensas à acidentes, o trabalho infantil é quase escravidão. Muitas crianças não são pagas de forma adequada ou não recebem pagamento algum. O lugar de criança é na escola e nas brincadeiras, não em lavouras, fábricas, vendendo coisas ou engraxando sapatos. O trabalho infantil é errado e deve ser extirpado. Esta missão cabe ao governo e aos contratantes. Ao governo no âmbito de estimular a educação de qualidade nas áreas mais carentes como alternativa ao trabalho. Aos contratantes, desestimulando e negando a contratação de crianças. Apenas com melhoras no campo social e com mudanças na mentalidade da população este problema poderá ter fim.