Título da redação:

As Implicações do Trabalho Infantil no Brasil

Tema de redação: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 17/07/2016

A exploração do trabalho infantil foi amplamente disseminada durante, a Revolução Industrial Inglesa, no século XVIII. Assim, no processo de acumulação de capital, os empresários procuraram empregar crianças, adolescentes e mulheres, com o propósito de baratear a mão-de-obra e, dessa maneira, elevar seus lucros. A miséria induzia diversos jovens ao tratamento desumano imposto pelas fábricas. Tais trabalhadores ficavam expostos, não só as longas jornadas trabalhistas em condições insalubres, como também aos abusos e as indignas remunerações. Nesse sentido, a adoção do Modelo Urbano-Industrial, pelo Governo Brasileiro no início do século XX provocou intenso êxodo rural, especialmente, em direção aos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, ambos em fase de expansão econômica. A inserção, desses migrantes, no mercado de trabalho paulista e fluminense obteve participação maciça. Nesse contexto, os indivíduos menores de idade representavam importante parcela, uma vez que contribuíam no sustento de suas famílias, muitas vezes, compostas por diversos membros. Dessa maneira, inúmeros trabalhadores pueris eram submetidos aos serviços degradantes, com elevada carga horária, em ambientes poluídos, sujos, fechados e propícios às doenças, entre elas: Tuberculose e Febre Tifoide. Cabe ressaltar que, ainda hoje, diversas crianças brasileiras vítimas das disparidades sociais abandonam a escola, por motivos financeiros e entregam-se ás atividades empregatícias árduas em lavouras, carvoarias ilegais e casas de família expostas aos abusos físicos, psíquicos e sexuais, em condições de semi-escravidão, não raramente privadas de salário, alojamento e alimentação. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil empreende notório esforço para eliminar atos, que contrariam as disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2007, um milhão e meio de meninas e meninos explorados encontram-se na faixa etária entre 5 e 13 anos. Fica evidente, portanto, a urgência em corrigir a grave crise social que assola o Brasil. Dessa forma, compete ao Governo Federal combater o uso criminoso da mão-de-obra infantil, por intermédio de leis mais severas, bem como aumentar a fiscalização já realizada pelo Ministério do Trabalho. Os investimentos estatais em educação, saúde e moradia, em consonância com a implementação de uma política de desconcentração da renda são imprescindíveis à alteração, dos indicadores sócio-econômicos vigentes.