Com o início da Revolução Industrial no século XVIII, o capitalismo passou a ser ainda mais priorizado pelos burgueses, acarretando numa maior necessidade de força de trabalho para o aumento da produção, força essa que foi suprida por infantes. De maneira análoga à época, o Brasil, ainda hoje, convive com a realidade dessa exploração do trabalho infantil. Apesar dos diversos estatutos existentes, como o ECA, para impedir tal prática, o pensamento marxiano, de que a economia é a base da sociedade e por isso deve ser constantemente movimentada, acaba prevalecendo. Essa ideologia prejudica o desenvolvimento físico e mental de milhares de crianças diariamente, visto que, segundo PNAD 2007, cerca de 4,8 milhões de pessoas entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil e, para isso, muitas vezes acabam abandonando os estudos, motivados por fatores como necessidade de ajudar com uma renda extra no lar ou até mesmo precisar sustentar sua família. Obrigações estas que não condizem com a faixa etária desse público. Diante dessa situação, fica claro que o sistema de leis brasileiro não está sendo devidamente aplicado. Pois vale lembrar que a exploração do trabalho infantil é crime no Brasil e deve ser combatido, a fim de assegurar os direitos dos jovens e garantir a eles acesso à educação de qualidade do início ao fim de sua juventude. Portanto, para sanar essa problemática, cabe ao Governo Federal ampliar os programas de jovem aprendiz por meio da reserva de vagas de trabalho destinadas especificamente aos adolescentes nas empresas governamentais e privadas, para que assim as famílias carentes consigam obter seu sustento de forma lícita. É também papel da Receita Federal fiscalizar os estabelecimentos suspeitos de tal prática, organizando visitas sem aviso prévio a fim de evitar novos casos e extinguir esse crime contra a futura geração de profissionais do país.