No que se refere a realidade do trabalho infantil no Brasil, é possível afirmar que esse problema se perpetua por gerações e com perspectiva de extinção a longo prazo. Isso se evidencia, não apenas por ser ainda fonte de renda para algumas famílias mas também pela ineficácia da fiscalização aliada a falta de projetos educacionais. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social. Verifica-se, assim, que existem famílias que se utilizam da mão-de-obra infantil a fim de completar, ou mesmo compor a renda integral familiar, seja por necessidade ou mero rito costumeiro de uma região ou comunidade o que pode causar danos físicos, psíquicos, morais e cognitivos, muitas vezes irreversíveis a essas vítimas. Outrossim, há um esforço enorme por parte de entidades, tanto governamentais quanto não governamentais, como por exemplo, iniciativas do terceiro setor, buscam solucionar por completo a problemática em voga, todavia enfrentam dificuldades financeiras, falta de incentivo público e fiscalização ineficaz dos órgãos competentes, seja por negligência, imprudência ou mesmo imperícia. Além disso, a falta de projetos educacionais, como escolas em tempo integral, creches e atividades esportivas, contribuem diretamente para manutenção do trabalho infantil. A biologia tem comprovado que, ao contrário do que defendia Darwin, nem sempre é o mais forte que sobrevive, nesse caso, o mais bem adaptado é o Estado que investe em projetos educacionais que vá contra a prática de atividades laborais infanto juvenil. Desse modo, o governo deve investir amplamente na educação e conscientização da população e pontualmente no aumento da fiscalização pelos órgãos competentes, projetos de ocupação infanto juvenil, bem como criação de leis mais severas, utilizando para isso ferramentas como atividades esportivas e curso de capacitação para crianças e adolescentes , propagandas publicitárias e ainda palestras com famílias e debates no meio acadêmico.