Durante a formação do Estado brasileiro, políticas excludentes marginalizaram as populações menos favorecidas, tornando o Brasil um dos países mais desiguais e miseráveis em questões sociais. Essa pobreza e desigualdade são as estruturas bases que sustentam o problema recorrente de trabalho infantil, com bases históricas, não apenas do Brasil, mas também, das antigas Cidades-Estado da Grécia como Esparta, que tomavam os meninos jovens para trabalho militar e de guerrilha. Atualmente no Estado Brasileiro, o "turismo sexual" é uma das formas de feminicídio infantil mais recorrentes no nordeste e pouco discutida pela sociedade. Embora, existam incontáveis organizações e estatutos que resguardam os direitos infantis, como Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e PETI ( Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil), em localidades mais distantes dos aglomerados populacionais, esse protecionismo quase nunca chega, agravando ainda mais a marginalização já existente para essa parte da população. Mesmo com o direito de liberdade, bem-estar e segurança da criança resguardado pela Constituição Federal Brasileira, há uma alta incidência de jovens e crianças em trabalhos de servidão, o que fere os princípios da Carta Magna, além de sua integridade. Esses altos índices são relatados por pesquisar realizadas pelo IBGE, o qual relata que mais da metade dos jovens entram no mercado de trabalho antes da idade prevista, ocasionado em uma grande evasão escola, além de altos riscos ocupacionais, já que esses são, na maioria das vezes, ilegal e abusivo. Diante disso, torna-se claro, portanto, que em um país de extremas desigualdades sociais, a existência de organizações que protegem a criança não são suficientes para abranger e resguardar minimamente grande parte delas. Assim, é imprescindível que essas organizações se associem ao Poder Público e meios midíaticos, na finalidade de expor situações degradantes existentes atualmente no Brasil, além de promover maior abrangimento dessas fundações em áreas mais carentes e afastadas como por exemplos o sertão nordestino, com pouca estrutura de base capaz de resguardar suas crianças, promovendo não somente o asseguramento de seus direitos, mas também proporcionando, novamente, sua integração e de suas respectivas famílias. Dessa forma, será minimizado grande parcela das exacerbadas formas de infantícidio e suas consequência na vida das crianças brasileiras.