Desde 1871 com a Lei do ventre livre, ficava determinado liberto todos os filhos de mulheres escravas, porém, tal evento ficou restrito ao papel. O que se vê em pleno século XXI são crianças submetidas a trabalhos coibidos, em troca de uma pequena quantia ou em troca de alimento. Muitas dessas crianças são influenciadas pelos pais a trabalharem, por questão da baixa renda familiar, ou pelo baixo custo da mão de obra infantil. Considera-se trabalho infantil todo tipo de atividade que prejudique a saúde, segurança, e estudos da criança e adolescente. Temos hoje em nosso país cerca de 4 milhões de infantes, que se submetem a trabalhos perigosos e degradantes para sua saúde mental e física. A maioria destes trabalhadores mirins encontram-se na região Nordeste e Sudeste, por serem regiões de maior movimentação populacional. É também considerado um tipo de trabalho infantil tráfico de drogas e exploração sexual, além de qualquer meio ilícito. Em estudos recentes, ficou comprovado que crianças que se submetem a estudos junto com trabalho tem uma declive de rendimento comparada aos demais, além de possuírem certa dificuldade ao se relacionarem em grupo. Outra observação foram os traumas que estes pequenos podem levar para o resto da vida. É regularizado por lei segundo o E.C.A que a partir dos 14 anos o adolescente pode trabalhar, na condição de aprendiz, antes desta idade, qualquer tipo de trabalho é devidamente proibido. Muitos consideram o trabalho das crianças uma forma de não as expor a pobreza, porém fica evidente que a questão do trabalho infantil é um ciclo vicioso, que enquanto não bloqueado nunca fará com que se saía da miséria. Em Salvador-Bahia uma Organização não governamental desenvolveu uma casa de apoio aos trabalhadores de rua (Axé) que ensina as crianças culinária, dança entre outros. A fundação do projeto foi exatamente pelo número de crianças expostas a situações alarmantes ,porém sem nem mesmo moradia. Fica claro, portanto, que devemos seguir exemplos como o da Bahia e criarmos outras ONG’s com o mesmo objetivo, de apoio a crianças carentes. Fica a dever do governo realizar a compra dos insumos necessários as escolas além de dar a todas as crianças bons professores, para que as mesmas possam ter um futuro diferente. A sociedade deve denunciar este tipo de crime contra o menor, mesmo que a família o faça por baixa renda, pois é claramente proibido. O melhor caminho para conseguirmos um país igualitário e com menos pobreza começa pelas escolas, são estas crianças as responsáveis por se formarem como bons profissionais e ajudarem o nosso PIB.