Vítimas de uma cultura colonial de exploração, milhares de crianças e adolescentes menores de 16 anos, ainda são vistos como mão-de-obra em fazendas, industrias e em casas de família no país. Uma realidade que ainda perdura no Brasil, devido a inúmeros fatores sociais e econômicos. A infância não se repete, nem na lembrança, nem na imaginação, como citou o escritor português Miguel Torga, ratificando que a infância deve ser preservada e defendida. Entretanto, como se pode constar nos índices da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a realidade de milhões de crianças é de muita exploração, trabalho e esforço físico. É evidente, que o fator sociedade interfere para que essa realidade ocorra no Brasil, como a conjuntura pobreza e família, visto que a criança é, em sua maioria, uma fonte de renda para um núcleo familiar desestruturado. Além do mais, muitos pais, ou por também ter sido explorado na infância ou por pura falta de conhecimento, veem a escola como uma perda de tempo e incentivam seus filhos à labuta. Com isso, a criança ou o adolescente que é uma mão-de-obra barata, tanto pela idade, quanto pela qualificação, torna-se viável à economia brasileira em desenvolvimento. Desse modo, consta-se que é real o trabalho infantil no Brasil e que é necessário ser combatido. O governo junto ao exército, polícia e conselho tutelar deve intensificar a fiscalização nos postos de trabalho, além de que multas pesadas sejam aplicadas aos infratores. As organizações não-governamentais devem incentivar, por meio de projeto de inclusão, a escolarização das crianças, junto à família, para que assim essa realidade tão indesejada seja cessada, e a infância seja vivida e, não somente uma utopia.