Título da redação:

A Erradicação do Trabalho Infantil

Tema de redação: A realidade do trabalho infantil no Brasil

Redação enviada em 30/06/2016

O grande escritor Monteiro Lobato afirmava, em suas obras literárias, que “é somente através dos jovens que as mudanças necessárias ao mundo serão realizadas”. Nesse sentido, as falhas dos setores públicos e da sociedade, na garantia dos direitos infantojuvenis, tornam-se evidentes, haja vista a situação de exploração de trabalho a qual muitas crianças estão submetidas no Brasil. Segundo o relatório da OIT - Organização Internacional do Trabalho - mais de 5 milhões de crianças e jovens trabalham no país. A fim de ajudar nos gastos familiares e nos custos da própria subsistência, crianças perdem a infância trabalhando em locais insalubres e perigosos, como na queima da casca do caju no nordeste brasileiro, e em posições não ergonômicas, como na quebra e carregamento de pedras, lesando, assim, a coluna e a saúde. Além de prejudicar a saúde das crianças, pesquisas feitas pelo PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - apontam que 60% dos jovens que trabalham tem péssimo rendimento escolar, sendo que a maioria desiste por sentir cansaço e falta de ânimo para estudar. É perceptível dessa forma, que o trabalho infantil acaba alimentando um ciclo vicioso de pobreza no Brasil, uma vez que, ao abandonar a escola, esses jovens não terão oportunidades no mercado de trabalho e nem perspectiva de sair da pobreza. Dessa forma, é necessário que o Estado promova ações para garantir os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, tais quais, direito a educação, lazer, cultura e a infância. Isso poderá ser feito por meio da ampliação na fiscalização do trabalho infantil em fazendas, indústrias e até mesmo nas ruas das grandes metrópoles. Além disso, é necessário ampliar o sistema de bolsas e auxílios as famílias carentes, como o Bolsa Família, contribuindo, assim, na composição da renda familiar. Com o intuito de manter a criança integralmente na escola, o terceiro setor da sociedade – composto por associações não governamentais sem fins lucrativos- deve desenvolver programas de cultura e lazer nas escolas e nas comunidades.