Não é de hoje que o problema do suicídio se manifesta no seio da sociedade brasileira. Na década de 40, o Brasil inteiro vivenciou um período de forte comoção, uma vez que o Presidente da República Getúlio Vargas, com a máxima “Deixo a vida para entrar na história”, tirou a própria vida com um disparo no peito. Esse triste cenário, todavia, é reflexo dos conflitos interpessoais ligados as enfermidades que permeiam a população. Com efeito, é necessário bloquear, urgentemente, o aumento no número de casos de suicídio no Brasil. Os conflitos interpessoais têm levado mais pessoas a acabarem com a própria vida. Nas escolas, por exemplo, prevalece entre os jovens o bullying, em que as vítimas são agredidas e, por fim, excluídas. Logo, a frase do Sociólogo Émile Durkheim, de que um indivíduo se mata para parar de sofrer, possui um encaixe perfeito nesse âmbito, tendo em vista a busca do suicídio, por parte das vítimas, como uma forma de fuga das agressões e da exclusão vivenciadas socialmente. Além do mais, vale acrescentar que as enfermidades têm um papel propulsor no aumento do número de casos de suicídio. Isso porque a depressão e os vícios em drogas e álcool se tornaram os principais gatilhos que levam milhares de pessoas a tirar a própria vida. Não é à toa que a área médica vem constatando tamanha fatalidade. Prova disso, infelizmente, são os dados da Secretaria de Saúde de Pernambuco, em que 22 adolescentes se mataram em um contingente de 336 casos em um ano no estado. Assim sendo, é indispensável a adoção de medidas capazes de fazer decair o número de casos de suicídio no Brasil. Posto isso, cabe as instituições de ensino, em conjunto com os núcleos familiares, educar os jovens acerca do respeito para com o próximo, bem como priorizar o contato e integração entre todos eles, criando, semanalmente, dinâmicas e círculos de debates sobre o bullying e os conflitos interpessoais, no intuito de evitar que mais jovens sejam expostos ao sofrimento e a terrível opção do suicídio como fuga. Ademais, seria interessante que o Ministério da saúde, em parceria com os governos municipais e os setores de saúde universitários, disponibilizassem o acesso fácil e totalmente gratuito a tratamentos contra a depressão e os vícios, assim como consultas periódicas com profissionais da psicologia, a fim de diagnosticar indícios de suicídio e evitá-lo. Só assim o problema do suicídio fará jus a máxima de Getúlio Vargas e entrará e ficará apenas na história.