O suicídio é um tabu social imposto em todo o mundo. Atualmente, séries de tevê, filmes e livros estão mostrando um grande foco nessa temática. Será uma verdadeira preocupação ou uma jogada de marketing, já que muitas pessoas, principalmente adolescentes, identificam-se com personagens com problemas como depressão? É comum que uma depressão adolescente acompanhada por pensamentos suicidas seja vista como uma fase passageira, mas adolescentes são um dos mais propensos à depressão e tendências suicidas. A depressão, a esquizofrenia, o consumo de drogas e problemas alcoólicos são os problemas mais frequentes. Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde, o suicídio já é a segunda principal causa de mortes em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade. A criação de grupos que contam com jogos que facilitam o ato de tirar a própria vida não ajuda na diminuição dos números de mortes que foram causadas por suicídios. O mais recente jogo suicida é chamado de “Blue Whale Challenge” podendo ser traduzido para “O Desafio da Baleia Azul”, esse jogo que supostamente surgiu na Rússia conta com desafios que devem ser realizados pelo jogador, onde o objetivo é autotortura psicológica e física. Para ganhar deve-se completar o último desafio, jogar-se de um prédio. E apesar deste jogo ter se espalhado recentemente pela mídia, a média de dezessete suicídios foi revelado ter sido incentivado por esse jogo. Não são apenas adolescentes que estão nas estatísticas de maior número de vidas tiras, pessoas com mais de 70 anos também se encontram na lista de mais propensos a cometer suicídio. Um dos principais motivos é o abandono que acarreta na solidão e logo em seguida no suicídio. De acordo com a coordenadora de Proteção Social e Especial, da Setad, Daniela Cova, 30% dos idosos tem relação completamente rompida ou não possuem família. No Brasil, nos últimos anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre pessoas de 15 a 29 anos. Essas pessoas na maioria das vezes estão sobrecarregadas com escola, trabalho e a ideia fixa de poder ter um futuro promissor. Karl Marx, quando jovem, se interessou muito sobre o suicídio e chegou a fazer anotações sobre o tema. Em sua obra, ele apresenta casos de suicídio e no final, chega a conclusão de que o suicida não possui apenas motivos individuais, mas também motivos que incluem toda uma sociedade. O suicídio não deve ser tratado como um tabu, e sim como um problema de saúde pública, que possua políticas e programas específicos. Está claro que atualmente a internet possui uma grande influência e isso deveria ser usufruído para a conscientização sobre o suicídio. Hoje, temos um mês dedicado a esse problema, mas de maneira alguma esse transtorno deve ser tratado apenas em setembro, ele deve ser cuidado todo o ano. Palestras ministradas por psicólogos devem ser dadas em escolas e universidades, essas palestras também podem conter exemplos reais de pessoas que tentaram tirar sua vida e que hoje estão melhores e entendem o risco que correram. Pais, familiares e amigos devem abandonar a ideia de que todos os pensamentos suicidas e a depressão são apenas uma coisa passageira e devem observar bem e ajudar a pessoa que está passando por esse problema. Pessoas com tendências suicidas ou qualquer coisa deste tipo devem tentar se comunicarem com alguém, seja um psicólogo, um amigo ou um parente, por mais difícil que seja; guardar todos os problemas dentro da sua mente não vai fazer nada melhorar. Todos devem se conscientizar sobre esse problema mundial.