Gripe H1N1, varíola e dengue são epidemias que se alastraram pelo país. Entretanto, o diagnóstico dessas patologias pode ser efetuado após o relato dos sintomas. Ao contrário dessas epidemias, o suicídio pode ser definido como uma “epidemia silenciosa”, não menos preocupante que as já existentes, porém, sem a devida importância a cerca de tal problemática, que para alguns estudiosos, já pode ser considerada como um desafio para a saúde pública. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. Só no Brasil, 26 pessoas cometem autocídio por dia. Fatores como depressão, uso de substâncias ilícitas e transtornos psicológicos podem acarretar a ideação suicida. Com isso, comportamentos incomuns ao indivíduo, como isolamento social, evidenciam a necessidade de apoio psicológico para evitar maiores consequências . O suicídio ainda é um tabu dentro da sociedade contemporânea que , muitas vezes, não faz parte dos diálogos familiares e sociais. Logo, contribui com uma preocupante tendência de crescimento entre os jovens e adolescentes. Segundo dados divulgados pela BBC Brasil, desde a década de 80 ,houve um aumento de 27% nos casos de autocídio entre os jovens de 15 a 29 anos. Condição que pode ser evitada a partir da conscientização da sociedade ao fato que, jovens e adolescentes também estão propensos a adquirir doenças como a depressão, um dos agentes motivadores do suicídio. Sabe-se que já existem campanhas que objetivam alertar e prevenir a população , como o “Setembro Amarelo”. Todavia, são pouco divulgadas pelos meios de comunicação. Faz-se necessário , portanto , que o Ministério da Saúde utilize a mídia para propagar informações qualificadas e efetivas que atinjam toda a sociedade. Cabe às escolas, observar seus alunos e promover campanhas contra esse problema, juntamente com os pais, que devem ser mais atentos e dialogar sobre tal problemática com seus filhos, dando apoio , para que se possa erradicar tal epidemia.