O suicídio, na atualidade, ainda é um tabu social, no entanto, está sendo muito debatido, já que os números são preocupantes. No Brasil, houve um aumento de 30% nas taxas nos últimos 25 anos, sendo a depressão a principal causa desse ato. A questão é tão alarmante que já se tornou um gravíssimo e indisfarçável problema público, merecendo a intervenção da OMS. De acordo com Durkhein, o suicídio, comportamento aparentemente motivado por razões particulares, pode ser considerado um fato social, ou seja, seria uma consequência de uma série de fenômenos coletivos que levariam o ser a cometer tal ação. A sociedade, desde seu surgimento, impõe pressões que, muitas vezes, algumas pessoas não conseguem suportar. Na crise de 1929, nos EUA, houve um crescimento significativo nos números de suicídio, visto que em uma situação de anomia, de segregação social, os indivíduos ficaram sem perspectiva de vida, cometendo esse ato. Na série “Os treze porquês”, disponível na Netflix, a questão do suicídio é abordada de forma muito explícita, sendo talvez a primeira apresentação na mídia a mostrar o tema tão abertamente, enfocando detalhadamente as causas que fizeram Hanna se matar. Todos os personagens presentes nas fitas causaram algum impacto psicológico em Hanna, fazendo-nos perceber que nossas ações influenciam a vida das pessoas ao nosso redor. Portanto, para diminuir essa epidemia silenciosa a sociedade deve procurar incluir todos os indivíduos nela, minimizando as disparidades socioeconômicas. É importante que a OMS continue a abranger as campanhas educativas e preventivas, motivando outras organizações a abordar esses assuntos também. A escola, sendo uma instituição presente na vida dos jovens, idade que têm os maiores índices de suicídio, deve intervir, encorajando-os a procurarem ajuda psicológica. É necessário que os pais fiquem atentos para mudanças de comportamento e que conversem com seus filhos, pois o diálogo sempre será, senão a solução para os problemas, o encaminhamento correto para o início da resolução desse ponto.