Émile Durkheim, em sua obra “O Suicídio”, defini este como todo caso de morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria vítima e que ela sabia que devia reproduzir esse resultado. Este, o qual, principalmente, é causado pela depressão que, por sua vez, têm como causas isolamento social, bullying e tragédias. Para haver a diminuição de suicídios é necessário o entendimento de qual faixa etária há a maior ocorrência desses, além de suas causas, para que possa existir uma intervenção do governo. Nos últimos vinte e cinco anos, a taxa de autocídio aumentou trinta por cento no Brasil, segundo estudos da “Folha de São Paulo”. Para chegar a esse ato de tirar a própria vida, o indivíduo não decide repentinamente que deseja cometer tal ação, ele passa por situações que propiciam ao abalo de seu estado emocional. O fator mor para isso é a depressão, cuja aparição está diretamente ligada a problemas de aceitação do ser pela sociedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a autoquíria é mais presente entre adolescentes e idosos. Nestes, o psiquiatra José Manoel Bertolote diz que a justificativa está associada à solidão da pessoa, devido à viuvez, separações e distanciamento dos familiares. Naqueles, o argumento seria de que o jovem estar constantemente em um ambiente com frequente bullying e pressão psicológica, a escola, causaria um descontrole emocional, uma vez que adolescentes tendem a sentir emoções mais intensamente, pois seus hormônios estão mais ativos. Portanto, seguindo a linha de pensamento de Durkheim em “Da Divisão do Trabalho Social”, onde esse relaciona o corpo humano com a sociedade, tem-se o setor da saúde como um órgão e, consequentemente, o suicídio como um câncer, o qual deve ser combatido. Para este combate, o Ministério da Saúde precisa suprimir fatores primários ao autocídio com o acompanhamento psiquiátrico e psicológico obrigatório nas escolas públicas, pois assim haverá diagnóstico precoce de sintomas ligados à depressão e adjacentes. Além dessa medida, também se faz necessária a multiplicação de campanhas de prevenção da autoquíria, para que haja o entendimento do possível suicida de que existem saídas para seus problemas e tentar contra a própria vida não é uma delas. Com a compreensão da sociedade de que aquilo não deve ser um tabu e que há pessoas para quem pedir ajuda que se importam com seus impasses, o decréscimo no número de suicídios no Brasil é só questão de tempo.