Título da redação:

Epidemia Silenciosa

Tema de redação: A questão do aumento de casos de suicídio no Brasil

Redação enviada em 17/08/2017

No decorrer da Idade Média, encontramos uma visão ambígua acerca do suicídio, quando cometido por um nobre era elevado à ato honroso e respeitável, entretanto, se cometido por um rústico era reprimido, encarado como covardia. Sob a ótica contemporânea, o suicído ancora suas garras nos jovens da sociedade brasileira, como aborda a música Amianto, da banda de rock Supercombo, no trecho: “Moça, sai da sacada você é muito nova para brincar de morrer”. Em primeiro plano, é preciso lidar com os problemas mentais, neurológicos e comportamentais com a mesma veemência que os de ordem biológica. O suicídio é uma questão de saúde pública, tomado por especialistas como a epidemia silenciosa do século. Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, 450 milhões de pessoas sofrem ou sofrerão de distúrbios da mente. Com tudo, é inadmissível atitudes que fomentem o olhar pejorativo, como a taxação de “louco”, às pessoas que procuram tratamento da saúde mental. Por outro lado, a falta de exposição do tema o mantém vivo. Neste ínterim, é plausível afirmar que após a série Os treze Porquês, baseada no romance de Jay Asher, o debate acerca do suicido ascendeu-se. Camadas distintas da sociedade desenvolveram observações criticas para com o jovem, que de acordo com o Mapa da Violência de 2014, apresenta um perfil suicida não desistente. Em síntese, vidas poderão ser poupadas caso o impasse seja despido de melindre e tratado em sua forma real. Urge, portanto, medidas para redução da problemática. Cabe ao Ministério da Saúde, com apoio do Poder Legislativo, desenvolver programas de leis para o atendimento psicológico, periódico gratuito, em hospitais e similares visando o tratamento e diagnóstico do cidadão. O Ministério da Educação por sua vez, deve trabalhar no desenvolvimento de cartilhas educacionais, tal qual lançadas em 2016 pela OMS, a fim de atuarem como alerta prévio para a família e escola, sobre o perfil de quem tende cometer o suicído e as ajudas necessárias. Assim, em ação conjunta o impacto nas estatísticas das mortes de jovens será tanto amplo quanto positivo.