É indiscutível que, diante das questões que assolam o século XXI, o aumento no número de casos de suicídio no Brasil torna-se cada vez mais evidente na sociedade contemporânea. Herança de um país cuja oratória perante a determinados assuntos permanece tratada como tabu, somada ao preconceito vigente e aos avanços tecnológicos colabora para que, infelizmente, os casos de suicídio cresçam e tornem-se um entrave, seja por questões sociais, seja por questões físicas. Logo, faz-se necessário amplo debate acerca do tema. É preciso considerar, antes de tudo, que a internet, a comunicação e as mídias sociais possuem muito poder e que, consequentemente, tais poderes podem ser usados tanto para o bem, quanto para o mal. Sobre este último, é evidente que houve a ampliação da busca por informações e notícias sobre assuntos diversos. Contudo, sabe-se, também, que devidas manchetes e propagandas relativizam ideias que podem colaborar e facilitar muito para que o número de vítimas e tendencias suicidas, cresça. Exemplo disso, encontra-se na série feita em 2017 chamada ''13 reasons why'' cujo drama narra a história de Hanna, adolescente com entraves depressivos, ou seja, apesar de ser algo fictício, inúmeros adolescentes se acharam na personagem, confirmando, assim, que não trata-se apenas de uma série e que, assim como ela, faz inúmeras vítimas todos os anos. Outro ponto relevante, nessa discussão, é o fato de como assuntos tão importantes e relevantes para a sociedade são tratados como tabu. A intolerância e o preconceito vigente na sociedade brasileira colabora para que, por medo, inúmeras pessoas guardem para si seu verdadeiro problema. Ou seja, por mais que campanhas sejam ofertadas, o discurso básico de que suicídio é ''frescura'' e ''drama'' permanece presente no dia dia do país, facilitando, assim, a fuga das possíveis vitimas a consolidar o que procuram. O Brasil, como possui grande extensão territorial, precisa arcar com seu alto número de casos, sendo, aproximadamente, 26 por dia de acordos com dados publicados no site da UOL. Logo, a busca pelo diálogo e pela redução deste mal deve ser feita imediatamente. Entende-se, portanto, que o Brasil ainda passa por intempéries que impedem a solidificação de seus ideias perante ao suicídio. Para que haja redução neste quadro, torna-se imprescindível que o Estado, como cuidador oficial da sociedade, invista em projetos sociais e integrativos, através da construção de centros comunitários que impulsionem e fiscalizem o uso da rede social, tanto para o bem, quanto para o mal, ou seja, o mesmo deve levar acesso á todos como forma de fuga dos problemas e, também, averiguar determinadas séries e noticias, caso sejam ou não positivas e negativas para o país como um todo. Ademais, a Mídia, como grande influenciadora tecnológica, em seus horários de maior audiência, deve ofertar propagandas de cunho social e conscientizador para que influencie seus expectadores a não banalizar o suicídio e começar a trata-lo como um problema de saúde pública para que assim, a intolerância e o preconceito sumam e o número de vítimas seja cada vez menor.