Em meados do século XVIII, o escritor alemão Goethe escreveu o livro "Os sofrimentos do jovem Werther" o qual já abordava uma das maiores causas atuais de morte dos jovens no Brasil: o suicídio. Nessa perspectiva, o crescimento na taxa desses casos tornou-se o mal do século, visto que muitas vezes, por ser considerada um tabu essa problemática acaba sendo ocultada pelas famílias e pelas escolas. Por essa razão, uma análise de tal conjuntura é sustancial para que haja intervenções eficazes. A princípio, é possível perceber que o desamparo familiar em consonância com o frágil emocional dos adolescentes estejam entre as causas do impasse. Nesse sentido, percebe-se que os jovens acabam sendo rotulados como imaturos que suas atitudes são puro "capricho" na qual só quer chama atenção e, por conseguinte, a vítima acaba recorrendo ajuda na internet onde estão sujeitos as pessoas de má índoles as quais incentivam o ato de suicídio, por exemplo, o jogo online "Baleia azul". Dessa forma, a relação dos pais com os filhos contribui para a formação de um ciclo vicioso e perverso: devido à ausência de um diálogo em procura saber como o jovem está se sentindo e, consequentemente, favorece o crescimento nas taxas de suicídios. Outrossim, a ineficácia do sistema educacional confirmam com esse contexto. Nesse cenário, segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é como um "Organismo vivo" por ser composta por partes que interagem entre si. Nesse viés, observa-se que poucas instituições abordam o tema do suicídio como problemática podendo ser encaixada na teoria do autor, haja vista que, se a comunidade é como um corpo biológico, logo, ela deve agir de forma coesa com maior engajamento nos obstáculos sociais, como o crescimento do suicídio. Assim, o pensamento de Durrkheim funciona como forte argumento desse prolema que poucas escolas debatem, agravando o problema no Brasil. Infere-se, portanto, que os caminhos para o combate ao suicídio no país apresentam entraves que necessitam ser revertidos. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com os pais, implantar nas escolas o programa "Amor a vida" que tem o objetivo de mostra a importância de escutar os problemas dos jovens e incentivá a prática da conversa, o que ocorrerá mediante o fornecimento de rodas de debates, depoimentos de pessoas que pensaram em se mata e qualificação dos professores para identificar indícios de suicídio. Essas medidas têm a finalidade de atenuar esses casos e promover maior visibilidade deste tabu que precisa ser debatido.