Título da redação:

Direito fragilizado

Tema de redação: A questão do aumento de casos de suicídio no Brasil

Redação enviada em 30/10/2017

Em 428 A.C., Eurípedes, em sua obra “hipólito”, por intermédio da personagem Fedra, já abordava a temática inerente à uma das principais causas da morte de muitos jovens: o suicídio. Nesse contexto, a realidade embasada na intimidação e intolerância educacional, aliada à falta de auxílio, perpassa a possibilidade de se alcançar, na prática, os direitos constitucionais. Primordialmente, o indivíduo com pensamentos suicidas pode encontrar dificuldades na socialização. Nesse sentido, a intimidação sistemática, ou seja, o bullying pode contribuir para o isolamento e resultar na morte. À vista disso, o célebre sociólogo Émille Durkheim pontuou, em seu livro “o suicídio” , que há um tipo de suicídio denominado egoísta, caracterizado quando um indivíduo não consegue se integrar à sociedade, resultando num processo de isolamento dos grupos sociais, isto é, amigos e família, pelo fato de sofrerem com a opressão, discriminação e indiferença no ambiente escolar. Com ênfase, é incontrovertível que esse problema se perpetue e atinja diversas ramificações sociais, acarretando uma progressão retrógrada no que cerne à socialização do jovem e causando uma vida marcada pela dor, tédio, frustração, depressão e anseio pela morte. Em segunda análise, o auxílio às pessoas com sintomas depressivos é intensamente atenuado na conjuntura brasileira. Visto isso, mediante ao artigo 196 da constituição federal de 1988, o direito à saúde deve ser garantido pelo Estado Democrático. Porém, o ajuda efetiva aos jovens que apresentam sintomas deprimentes é debilitada , possibilitando uma procura no “amparo” das bebidas e Drogas ilícitas, processo que acentua diretamente o aumento dos casos inerentes ao suicídio. Sob esse aspecto, é paradoxal que, mesmo num Estado que garante o direito à saúde, não seja traçado uma perspectiva que transforme e elimine esse contexto preocupante e elimine fragilidade da manutenção dos direitos judiciais. Urge, portanto, a promiscuidade relativa à violência sistemática na esfera estudantil e o atenuado auxílio ao jovem deprimente precisa ser extinto. Nesse sentido, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, deve gerir o programa contra o suicídio(PCS), inserindo na grade curricular estudantil matérias que abordem a ética coletiva e promova debates que suscitem o respeito, com o fito de promover a eliminação do bullying. Ademais, o PCS deve motivar visitas periódicas de especialistas e psicólogos às casas de 50 jovens semanalmente, com o objetivo de amparar-los mediante a prescrição de remédios, caso apresentem sintomas depressivos, e ajuda-los de forma afetiva. Dessa maneira, o aumento dos casos de suicídio entre os jovens brasileiros será subtraída da realidade brasileira, alcançando- se a sustentação dos ideais constitucionais expostos no artigo 196.