A questão do suicídio no Brasil ainda é um tabu, embora haja o elevado índice de mortes por esta causa. Assim, os estudos do sociólogo Émile Durkheim e a redução das relações interpessoais possibilitam o entendimento amplo da problemática. A obra O Suicídio, de Durkheim, trata desse fenômeno na sociedade francesa. As formulações possibilitam a compreensão completa do fato social e servem como fundamento para estudos. O autor considera as causas multifatoriais. O que é comprovado na atualidade. Condições econômicas, sócio-históricas, ambientais e culturais influenciam diretamente na morte autoinfligida. Dessa forma, o desemprego, o cyberbullying, o preconceito e os transtornos psicológicos estão entre os principais motivos no Brasil, que está entre os 10 países com os maiores números de casos. Durante anos, a Igreja Católica comparou os suicidas com ladrões e assassinos. Desse modo, conferiu um caráter discriminatório para a prática e para quem tenta cometê-la. O isolamento, a segregação e o preconceito com os ideadores dessa ação tornaram-se cada vez mais comuns. Além disso, o advento das redes sociais gerou o distanciamento da realidade e a redução do contato interpessoal. Consequentemente, influi de forma negativa no combate da problemática. Uma vez que, o diálogo é um fator importante para a prevenção. O que são necessárias a desmistificação e a aproximação pessoal. Os casos de morte autoinfligida na sociedade brasileira ainda é um tabu. Para reverter a situação, é preciso investimentos governamentais em políticas públicas que integrem a sociedade, a escola e os meios de comunicação, por meio de campanhas publicitárias na televisão e na internet, de programas de saúde específicos nas unidades básicas de atendimento de forma interdisciplinar. Ademais, é fundamental projetos pedagógicos que abordem o tema nas instituições educacionais. Assim, o conhecimento possibilita a prevenção.