Segundo o site jornalistico Folha de São Paulo, os números de casos de suicídios aumentaram, nos últimos vinte e cinco anos, trinta por cento. Posto isso, nota-se que, análogo à uma epidemia, esse problema vem crescendo gradativamente e causando preocupação a sociedade brasileira. Dessa forma, é necessário que a questão do suicídio seja amplamente discutida, tendo em análise, principalmente, suas vertentes sociais. Com isso, é necessária a atuação do Estado para mitigar essa situação. Primeiramente, é importante pontuar, que essa premissa deve ser observada como um problema de saúde, e não como fraqueza psicológica. Assim, notamos que o suicídio está ligado a diversos fatores sociais. Dentre os alavancadores desse problema, está a questão do uso de drogas, pois essas atuam em nosso cérebro liberando neurotransmissores que dão a sensação de prazer, como a dopamina. Dessa maneira, uma vez dependente dessas substâncias para estar feliz, o indivíduo perde o controle de seus sentimentos, ficando sujeito à problemas psicológicos e, então, então mais propício ao suicídio. Ademais, temos a questão da depressão, sendo uma das principais casadoras desse transtorno. Entretanto, não nota-se políticas e campanhas suficientes para minimizar essa situação, tornando essa questão ainda mais branda. É importante frisar, também, que o desenvolvimento das tecnologias e a mundialização, contribui para intensificar esse problema. Pois, segundo Jaak Bosmans, "a globalização encurtou as distancias métricas, aumentando muito mais as distancias afetivas". Diante disso, podemos pontuar que as relações de afetividade foram, de certa forma, sendo desvalorizadas, o que abre espaço para a "solidão" das redes sociais, compondo a liquidez da nossa sociedade, formulada por Zygmunt Bauman. Isso, então, contribui para intensificar as doenças psicológicas e propiciar o suicídio. Fica evidente, portanto, o quão preocupante a questão do suicídio no Brasil. Por isso, é necessário que o governo federal e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não fiquem omissos diante dessa premissa. Primeiramente, é importante que programas de saúde pública, a exemplo do SUS (Sistema Único de Saúde), ofereça maior assistência as pessoas com essa doença. Por demais, é fundamental que sejam criadas campanhas e políticas públicas de assistência, que estimulem a busca por tratamento, por parte desse público, além de quebrar o tabu social que ainda é o suicídio, tornando esse tema mais discutido na sociedade.