No que se refere à questão do aumento de casos de suicídio no Brasil, pode-se afirmar que deriva diretamente da falta de profissionais formados na área de psiquiatria e a consequente precariedade dos serviços de saúde mental oferecidos pelo SUS (Sistema de Único de Saúde). Segundo a UNESP (Universidade Estadual Paulista),a procura pela residência em psiquiatria registrou queda de 43% nos últimos três anos. Tal fator decorre de políticas realizadas pelo governo que dificultam a internação dos pacientes que requerem tratamento prolongado, tendo em vista a diminuição de custos. Ocorre, portanto, a diminuição de vagas ofertadas aos psiquiatras e a consequente estagnação do mercado de trabalho, uma vez que a quantidade de pessoas que requerem cuidados especiais caiu drasticamente. Sob tal enfoque, é possível comprovar que a precariedade do sistema público de saúde deriva da superlotação das alas psiquiátricas, problema originado da falta de profissionais, que causa preocupação e uma longa fila de espera a pessoas que dependem dos hospitais públicos e não possuem recursos financeiros para recorrer a organizações particulares. Em vista do que foi mencionado e tomando como base os dados expostos, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Governo Federal deve investir uma maior parcela dos impostos na ampliação das alas psiquiátricas dos hospitais públicos, favorecendo o desenvolvimento desse setor da saúde pública no país.Nesse processo,deverá revisar medidas econômicas que inibem o interesse dos estudantes de medicina na especialização em psiquiatria, tornando o mercado mais promissor a esses profissionais.