Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil
Redação enviada em 23/07/2017
Muito se tem discutido sobre educação no Brasil através das décadas e, apesar do número de analfabetos ter decrescido significativamente, é inegável que o caminho a se percorrer ainda é longo. Os números mostram que a população brasileira, em grande parte, sabe ler e escrever, mas ainda sim continuam analfabetas funcionais, uma vez que quando em presença de textos mais complexos, encontram dificuldades consideráveis. A situação torna-se um pouco alarmante quando se analisa devidamente onde estão inseridos estes indivíduos. Possuem ensino superior e estão no mercado de trabalho , levando ao questionamento de que tipo de profissionais estão sendo formados em nossa sociedade. o questionamento não é apenas pedagógico, mas também social, uma vez que se tem conhecimento que o analfabetismo funcional não é apenas uma lacuna no aprendizado, mas pode-se considerar uma problemática na social também. Não é apenas a falta do conhecimento de um código linguístico que dificulta o individuo de conseguir um emprego. A falta de senso crítico, interpretação de textos desenvolvidos durante os anos escolares pode tornar um grande empecilho. As maiores taxas de analfabetos funcionais encontram-se no Norte e Nordeste, não coincidentemente são as duas regiões onde há maiores índices de negligencia do governo para com a educação. Faltam escolas, recursos e uma metodologia que realmente funcione como se deseja. Preza-se maior qualidade de alunos por metro quadrado do que se há de fato aprendizado. O reflexo desses problemas durante a idade escolar é a evasão estudantil, e quando não, a defasagem das competências que geram um analfabeto funcional. Paulo Freire, considerado o maior nome no âmbito da alfabetização, propunha que a metodologia para alfabetizar deveria se conectar ao universo dos alunos, mostrando-se palpável em sua aprendizagem. A estratégia de ensino deveria visar a leitura de textos, prezando a interpretação e o diálogo em sala de aula, desenvolvendo o senso crítico dos alunos enquanto estudantes para a diminuição, no futuro, dos analfabetos funcionais.