No filme “Como estrelas na terra”, um menino com dislexia não diagnosticada, enfrenta diversos preconceitos por possuir dificuldades na escola, até que um professor substituto o instiga a aprender com metodologias próprias. Nesse contexto, é notável a deficiência educacional brasileira, que ainda com indivíduos saídos do analfabetismo absoluto, possui segundo pesquisa do INAF, cerca de 27% de sua população composta por analfabetos funcionais. Seja por má formação de professores ou por falta de políticas por parte do Estado, os brasileiros não têm atualmente o mesmo “final feliz” que o jovem Ishaan, do filme já citado. No Brasil, muito foi superado a ponto de as taxas de analfabetismo absoluto concentrarem, segundo o INAF, apenas cerca de 7% da população. No entanto, por existir uma educação mais quantitativa que qualitativa, muitas das pessoas que não se enquadram no aspecto de analfabetos absolutos, são incapazes de interpretar textos longos ou realizar operações matemáticas mais complexas. Apesar das iniciativas governamentais para criação de mais escolas, a maioria destas não atendem eficientemente os indivíduos, seja por uma estrutura precária, professores mal remunerados, poucas iniciativas de leitura ou mesmo falta de acessibilidade, desta forma encontra-se um sistema educacional defasado, propício para a propagação do analfabetismo funcional. Além do déficit educacional, um dos fatores que contribuem para o analfabetismo funcional no Brasil é a falta da “cultura da leitura” entre os brasileiros, a revista Retratos da Leitura afirma em pesquisa que 30% dos brasileiros nunca comprou um livro. Livros ajudam não apenas na proficiência da leitura e interpretação, como também em um melhor entendimento de mundo. Nesse contexto, a leitura nas escolas é essencial para a diminuição do analfabetismo funcional em um futuro próximo. Portanto, entende-se o analfabetismo funcional como uma condição preocupante no cenário nacional brasileiro. Desta forma, cabe ao Ministério da Educação, a propagação de uma política de leitura nas escolas, com o resgate de clássicos brasileiros, além de disciplinas específicas de interpretação textual para que assim o analfabetismo funcional seja erradicado do Brasil.