O analfabetismo funcional é a incapacidade que o indivíduo tem de interpretar, de forma geral, textos e resolver questões matemáticas mais complexas. Problema esse que, em pleno século XXI, ainda permeia na sociedade brasileira. Mostrando o tardio avanço brasileiro no quesito educacional, o que traz preocupantes consequências a nação. Sendo, dessa maneira, necessária a atuação do Estado para mitigar essa situação. É possível afirmar, de início, que a baixa qualidade do ensino básico, principalmente, oferecido gratuitamente pelo Governo brasileiro, apresenta-se como a principal causa dessa premissa, pois as péssimas estruturas das instituições escolares públicas, a ineficiente qualificação dos profissionais da educação, associados a diversos problemas sociais que transpõem-se nas escolas - violência, evasão escolar e entre outros- levam a formação de jovens cada vez mais incapacitados intelectualmente e com baixíssimo grau de conhecimento. Entretanto, a problemática do analfabetismo funcional não está presente apenas entre alunos da educação fundamental e média, dado que segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional(INAF), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro(IPM), trinta e oito por cento dos estudantes do ensino superior ainda não sabem ler e escrever plenamente, evidenciando a amplitude dessa questão. Além disso, é importante pontuar as consequências da ineficiência educacional e do analfabetismo funcional no Brasil. Visto que o desenvolvimento e o avanço tecnológico de uma nação está intrinsecamente relacionado ao seu grau de conhecimento e de capital acumulado. Assim, com grande dificuldade de garantir o conhecimento básico de sua população, progredir tecnologicamente e cientificamente torna-se um grande empecilho. Outrossim, é o fato de formarmos uma sociedade gradativamente mais incapacitada de formar um pensamento e de tirar conclusões próprias, sendo facilmente manipulados ideologicamente pela mídia e por outros meios, o que influencia diretamente na política, por exemplo. Fica evidente, portanto, o quão preocupante é a questão do analfabetismo funcional no Brasil. Dessa forma, é fundamental que a Secretaria de Educação e o Governo Federal não fiquem omissos diante de tal situação. Logo, é imprescindível que sejam realizados fortes investimentos no campo educacional, visando sanar os problemas que mais estão presentes nesse meio, além de implementar na Base Comum Curricular do ensino programas educacionais que, por meio de projetos escolares, pretendam influenciar a leitura e o desenvolvimento intelectual dos alunos. Ademais, cabe a Secretaria de Educação, por intermédio da mídia, buscar persuadir os pais a participarem, de maneira mais significativa, da vida escolar de seus filhos, acompanhando seu progresso escolar, para assim, buscarmos mitigar essa problemática.