Como é de notório saber, a situação da educação brasileira se encontra em péssimas condições. Um dos maiores problemas educacionais é o analfabetismo funcional, isto é, a incapacidade dos alunos, e até mesmo dos já formados, de compreenderem e de reproduzirem textos relativamente simples. Essa situação se torna agravante devido a vários fatores, mas os principais são em razão da cultura do desinteresse pelos estudos e da qualidade da educação do país. Impera no Brasil a cultura do desinteresse pelo saber, desde os alunos do ensino fundamental até os de nível superior. É indubitável que o fato de se ter um diploma é mais valioso para os estudantes brasileiros do que o próprio conhecimento. Dessa forma, a assimilação dos conteúdos do ensino básico se torna desinteressante, levando ao analfabetismo funcional. Segundo a Inaf (Indicadora de Alfabetismo Funcional) cerca de apenas 26% dos brasileiros conseguem ler e escrever de forma compreensível, isso em 2005. Ademais, a qualidade da educação do Brasil é arcaica e obsoleta, principalmente no que diz respeito aos métodos de ensino e de avaliação dos alunos. Além das aulas serem tidas como muito mecânicas e monótonas, desestimulando-os, o sistema de avaliação dos alunos é brando, formando estudantes analfabetos funcionais. O PISA (Programa Internacional de Avaliação dos Alunos) de 2005 mostra o Brasil na 60º colocação dentre 75 participantes, evidenciando a falha do sistema educacional brasileiro. O Ministério da Educação, junto com as Secretarias Municipais, devem reformar o sistema de ensino e de avaliação das escolas brasileiras. Desse modo, devem criar métodos de ensino que possam despertar a motivação dos estudantes para o conhecimento, principalmente da língua portuguesa, com os professores ministrando aulas mais interativas e menos mecânicas. Outrossim, o método de avaliação deve ser mais rigoroso para que a progressão das séries por esses alunos seja com qualidade e sinceridade quanto ao nível de proficiência dos mesmos, sanando assim, possíveis futuros problemas de analfabetismo funcional.