Título da redação:

Manifesto Educacional

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 11/08/2017

China. Japão. Coréia do Sul. Todos esses países, hoje potências mundiais, um dia foram alguns dos mais pobres do mundo, mas investiram em uma área que resultou na elevação tanto do Produto Interno Bruto, quanto do Índice de Desenvolvimento Humano, a educação. Entretanto, mesmo diante desses exemplos o Brasil realiza o oposto, com cortes na educação, enquanto apresenta um alto índice de analfabetos funcionais. Seria essa uma medida sábia a se realizar? É fato que desde a Revolução Francesa até as reformas realizadas por Getúlio Vargas, o acesso à educação era a primazia desses movimentos que foram a base para a construção da nação. No entanto, hoje esses ideais estão aos poucos sendo esquecidos, posto que segundo dados do site Educação UOL 92% da população não apresenta capacidade de ler e compreender um texto em sua totalidade, além de 20% dela ser composta de analfabetos funcionais. Isso ocorre devido à extensão territorial do país e a descontinuidade de planos de integração nacional como aqueles propostos por Getúlio Vargas. Sabe-se que esse quadro se agravou com a atual crise. Uma vez que, anos atrás esse problema era decorrente da falta de incentivo por parte da população - já que muitas vezes apenas o ensino fundamental era um requisito para a maioria dos serviços remunerados, e de meios capazes de atrair os estudantes de modo efetivo - e hoje esse quadro se agrava devido aos cortes no orçamento do setor da educacional, como exemplo tem-se a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que decretou estado de falência. Seguindo assim, o oposto do que foi realizado por nações como Israel e França. Ademais, é válido ressaltar que devido à grande quantidade de cidadãos incapazes de compreender o que lhes é ensinado, tem-se uma população que não sabe fazer escolhas simples sobre o que é legal ou ilegal. De modo que, torna-se impossível seguir o pensamento proposto por Nietzsche em seu estudo sobre o Super-Homem, no qual esse representa os cidadãos que fazem escolhas e tem consciência delas e de suas consequências, pois apresentam capacidade de discernir o correto e o errado, algo inimaginável em um país com tantos analfabetos funcionais. Fica claro, portanto, que esse é um problema que gera perdas incalculáveis aos cofres públicos e precisa ser combatido. Por isso, é necessário que o Ministério da Educação, junto a ONG's, ofereça aulas de reforço para alunos com dificuldade e realize mudanças nos métodos de lecionar vigentes, para tornar as aulas mais atrativas aos estudantes. Além disso, as mídias sociais podem realizar propagandas e promover encontros e palestras com o objetivo de incentivar a permanência dos alunos no ambiente escolar. Desse modo, será possível amenizar esse asco e investir no desenvolvimento do país.