O escritor brasileiro Augusto Curry, em seu livro Ansiedade, afirma que ela é o mal do século. Entretanto, há muito mais de um século o Brasil enfrenta outro mal: o analfabetismo funcional. Como fatores determinantes para seu avanço pode-se citar a desvalorização e a inacessibilidade a educação. A mente de grande parte dos brasileiros possui um pensamento massificado que reproduz a ideia de que "estudar é necessário, porém chato". Sob esse prisma, pode-se entender o aumento dos casos de analfabetismo funcional no Brasil. Caracterizado pela capacidade de decodificar letras mas não de interpretar frases e textos, esse tipo de analfabetismo expõe, no cotidiano, o pensamento citado: aprender o básico, porque é preciso, mas sem aprofundar, porque é chato. Todavia, ainda quando há interesse por parte da população, pode acontecer de não haver instituições de ensino disponíveis, como é o caso de muitos sub-bairros. Há tempos, o filósofo Kant já afirmara que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, mas e quando o acesso a ela é restrito? A precariedade do acesso a educação dificulta e desmotiva aqueles que estão a procura de estudo e, desse modo, se gera cada vez mais analfabetos funcionais. Para combater o mal que o Brasil enfrenta há séculos, mudanças são necessárias. Em 1ª instância, o Poder Legislativo Federal deve aprovar a liberação de verbas para o Poder Executivo Federal, sob forma do Ministério da Educação, investir em publicidade que incentive os brasileiros a ter vontade de estudar. Após o interesse ser gerado, os Poderes Executivos Estaduais e Municipais devem implementar e/ou aprimorar escolar e bibliotecas públicas, a fim de democratizar o ensino. Dessa maneira, o analfabetismo funcional se tornará exceção no Brasil.