Título da redação:

Ler para crer

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 26/07/2017

No que se refere à capacidade de instrução no país, a pessoa que sabe ler e escrever, mas que é incapaz de interpretar através da leitura, é considerada como analfabeto funcional. Ou seja, o indivíduo não consegue extrair sentido das palavras e nem transcrever para o papel as ideias por meio da escrita. Dessa forma, é constatado que a população está sujeita a um problema recorrente há tempos e que prejudica a formação social e individual no país. No Brasil, a falta de leitura é um agravo presente na maioria dos cidadãos, pois grande parte não têm o hábito frequente na exercitação daquilo que lê. Nesse cenário, o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), criado em 1970, tinha o objetivo de erradicar o analfabetismo funcional de jovens e adultos em 10 anos. Porém, seu projeto principal era apenas ensinar ler e escrever, o que de fato não resolveria o problema. Assim, como proferido por Mário Quintana, "Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem". Logo, a basear pela pela máxima do autor, é perceptível que os brasileiros, mesmo alfabetizados, não têm compreensão da leitura. Tal que, uma pesquisa feita pelo Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, consta que em 2005 apenas 26% da população do Brasil dominava plenamente enunciados e escritas. Também, somente 8 em cada 100 pessoas têm domínio total a essas técnicas e menos de 70% daqueles que possuem diploma de nível superior conseguem ser proficientes. Diante da complexidade dos fatos, é compreendido que o nível de educação brasileira é falho e que medidas devem ser implementadas. O governo deve propor a criação de programas educativos junto ao Ministério da Educação, que visa integrar jovens e adultos em sala de aula, com o fito de proporcionar técnicas de leitura, interpretação e aprofundamento em cálculos matemáticos. Ademais, é papel das escolas , professores e pais desenvolverem métodos que priorizem o letramento para que o analfabetismo funcional seja superado. Por fim, resta ao indivíduo desenvolver esses meios com a prática presente em diversas situações do cotidiano, através do exercício da criticidade e capacidade de elaborar opiniões próprias.