Título da redação:

Educação, só se for de qualidade

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 29/07/2017

O analfabetismo funcional está dentro de um contexto histórico cultural no Brasil, o qual causou o contraste de graduados com severas limitações na interpretação e produção textual. Esse contexto é o da democratização da educação no Brasil, no qual passa a ser lei que toda criança tenha acesso à educação básica, mas na prática faltam professores qualificados e escolas para atender a gigantesca demanda. Diante disso, na busca por números, os governos federal e estadual facilitam o acesso a cursos de licenciatura por meio de programas como o PARFOR (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica), o qual garante vagas em universidades para profissionais sem diplomas que já atuam na educação pública. A busca por números não garante a qualidade, pois o PARFOR estabelece condições “especiais”, por exemplo, uma disciplina importante como a Didática, que seria ministrada me no mínimo um semestre, é realizada em uma semana, formando um professor no papel e sem o conteúdo necessário, o qual no seu dia-a-dia de sala de aula buscará números e não qualidade, assim como aprendeu na sua experiência com a universidade. Este círculo vicioso acaba contribuindo para o analfabetismo funcional, que é justamente o indivíduo que passou por um banco de escola, pode até conquistar o diploma, mas não é capaz de ler e escrever um texto simples. Para mudarmos esse quadro, primeiramente o Enem deveria ser prova obrigatória para adquirir o diploma do Ensino Médio, isso definido pelo MEC. Em segundo lugar, com o intuito de tornar a profissão mais atraente, o governo federal deve estabelecer um bom piso salarial aos professores. E por fim, o PARFOR deve ser repensado, revendo as condições “especiais” não condizentes com o objetivo principal, capacitar profissionais para a educação com qualidade.