Título da redação:

Analfabeto ou sem consciência crítica?

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 29/07/2017

Segundo Paulo Freire, a educação é o meio pelo qual o indivíduo desenvolve o pensamento crítico e consegue "ler o mundo" para transformá-lo. No entanto, no Brasil, onde a maioria da população possui algum grau de analfabetismo, a educação é precária e pouco valorizada. Logo, cabe ao Governo modificar esse cenário e fazer com que todo cidadão brasileiro seja alfabetizado completamente. Antes de mais nada, é preciso atentar para a metodologia de ensino empregada nas escolas brasileiras, que é arcaica e dificulta a inclusão dos menos favorecidos. De acordo com o portal R7, as maiores taxas de analfabetismo no Brasil estão localizadas nas áreas mais pobres, norte e nordeste, que juntas correspondem a mais de 55% dos analfabetos no país. Assim, fica evidente que para pessoas de baixa renda se faz necessário um modo de ensino mais inclusivo e acessível. Por outro lado, há a questão do investimento governamental na área educacional. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Planejamento em 2016, nos últimos anos houve uma diminuição do volume de recursos destinados à educação, o que impede que as escolas funcionem plenamente. Como consequência, além de não melhorar a qualidade do ensino, o número de estudantes com alguma deficiência acadêmica aumenta. Fica claro, portanto, que a inércia do poder público é o principal fator que contribui para o analfabetismo no Brasil. Nesse sentido, a longo prazo, o Governo deve criar uma nova metodologia de ensino pela internet, com videoaulas que foquem na educação básica e sejam interativas, para que qualquer pessoa consiga assistir e compreender. Já a curto prazo, as escolas, em parceria com a iniciativa privada e ONGs ligadas a educação, precisam criar turmas extras para trabalhar as dificuldades mais pertinentes dos estudantes e da população em geral. Ademais, cabe ao Poder Legislativo atuar de forma a evitar que o orçamento destinado a educação não seja reduzido, somente aumentado e tratado como prioridade. Só assim, os futuros cidadãos brasileiros terão consciência crítica e a memória de Paulo Freire será honrada.