Os analfabetos funcionais são indivíduos que, embora reconheçam números e letras, são incapazes de compreender textos e gráficos. Essa condição não é incomum no Brasil. Apesar do aumento do número de alfabetizados no país, 73% em 2016, apenas 8% dos brasileiros conseguem ler e interpretar qualquer tipo de texto, segundo o Instituo Paulo Montenegro. A educação de qualidade é cara, sendo um privilégio de poucos brasileiros. A educação pública brasileira é antiquada. Maneiras defasadas de ensino ainda são transmitidas nas salas de aula, onde falta um planejamento eficaz. Os professores, muitas vezes criticados pelo nível de qualificação, não conseguem aprimorar e exprimir suas habilidades de educador. A péssima remuneração e a falta de incentivos agravam o caso. Com isso, alunos desistem da escola e professores preferem optar pelo ensino tradicional. O sistema educacional brasileiro é fracassado. Existem algumas razões para este insucesso, tais como: escolas de baixa qualidade, estrutura social falha e, principalmente, a falta de interesse do Estado por uma mudança no sistema educacional, já que políticos se preocupam apenas com mudanças de curto prazo compatíveis com seus mandatos e ignoram mudanças que levariam a benefícios em longo prazo. Para reduzir o número de analfabetos funcionais no Brasil é necessário uma nova política educacional promovida pelo Estado, utilizando planos de ação que valorizem as habilidade de cada aluno, potencializando-as. Além disso, é necessário melhorias sociais, como melhorar a distribuição de renda, assim, democratizando oportunidades.