Os analfabetos funcionais, diferentemente do analfabetos completos que pouco ou nunca estudaram, são pessoas que apesar de terem frequentado e concluído o ensino fundamental, ensino médio e ensino superior, tem grandes dificuldades para interpretar ou redigir frases e textos (incluindo a pessoa que está escrevendo este texto). Isto compromete a qualidade dos profissionais do Brasil. Quando se vê tal situação, a primeira pergunta que vem à cabeça é " como um aluno que não aprendeu consegue o certificado de conclusão de um curso?". A resposta para esta pergunta com certeza não é fácil, mas dentro do que se pode perceber, nos últimos anos os professores estão cada vez mais pressionados a aprovarem compulsoriamente os alunos, pois alunos reprovados afetam a nota do IDEB, fazendo com que a verba, já escassa, disponível para as escolas e secretarias de educação seja reduzida. Reduzir a verba para a escola de acordo com o desempenho do aluno é um erro, pois os problemas precisam de esforço e de uma atenção maior e não abandono, pois reduzir a verba acaba piorando a situação. Um dos primeiros passos para resolver a questão do analfabestimo funcional do Brasil é reformular ou acabar com a "progressão continuada", pois aprovar um aluno sem que ele tenha realmente aprendido o conteúdo, compromete a credibilidade do certificado. Talvez uma melhor forma de ajudar os alunos com dificuldades, seria aulas de reforço fora do horário de aula nos assuntos que ele tem dificuldades. Claro que essa ideia pode não funcionar ou ser financeiramente inviável, mas se nada for feito o futuro do Brasil está comprometido.