Título da redação:

Analfabetismo funcional e as desigualdades sociais no Brasil

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 25/07/2017

O Analfabetismo funcional é uma questão mais séria e consistente do que se acredita. O problema atinge todas as regiões do país sem exceção, porém ocorre com mais agravo nas regiões mais pobres ou menos desenvolvidas. Existe o engano de que ter um diploma de conclusão de qualquer grau de escolaridade já tira o indivíduo das estatísticas de analfabetismo funcional, que consiste na incapacidade de interpretação e construção de textos coerentes e concisos. A realidade é muito mais alarmante: segundo pesquisas, somente 8 em cada 100 pessoas são realmente proficientes na língua portuguesa. Mais do que só um problema de falta de investimento na educação do país, o analfabetismo funcional reflete a realidade de extrema desigualdade social e econômica existente, que leva muitos alunos a se evadirem da sala de aula para a realização de outras atividades inerentes à sua própria sobrevivência, como o trabalho infantil, por exemplo. Além disso, o analfabetismo funcional ainda limita a inclusão da pessoa como cidadão dentro da sociedade e restringe seu desenvolvimento profissional dificultando sua ascensão social. Não basta tapar o sol com a peneira para resolver a questão. São necessárias medidas intervencionistas do Estado, que diminuam radicalmente a desigualdade social, como redistribuições de renda que favoreçam o acesso à educação para todos, proporcionando assim maiores chances de ascensão social, participação política efetiva e melhores condições de vida. Deve-se investir principalmente na educação do país, assim como em programas que estimulem a leitura e a escrita, tornando o ensino das escolas públicas mais qualitativo, buscando entender a realidade socioeconômica do aluno e proporcionando a ele aprendizado para melhora de vida. É importante, afinal, termos a consciência de que a proficiência na língua portuguesa não só atua favorecendo chances de melhores condições, mas também formando um cidadão mais crítico, mais político, atuante nas decisões de seu país, sendo então chave essencial para diversas questões e problemas ainda a serem resolvidos para o bem estar de todos.