Título da redação:

Analfabetismo funcional: a bola de neve da desigualdade

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 01/08/2017

Getúlio Vargas na Constituição de 1934 tornou o ensino primário obrigatório no Brasil. O fato significou um grande avanço na educação brasileira. Atualmente, apesar do número de analfabetos ter diminuído, há uma nova problemática a ser superada: analfabetos funcionais, aqueles que sabem ler, mas não conseguem compreender. Primeiramente, o Governo Federal tem o dever de promover educação pública de qualidade. Entretanto, é nítido para a população a falta de comprometimento com essa premissa. Nesse sentido, a carência de qualidade na educação está diretamente associada com a má gestão dos recursos federais, exemplificado na disparidade das taxas de analfabetismo funcional entre as regiões brasileiras, na qual a região sudeste, por exemplo, expressa a taxa de 14,9% enquanto na região nordeste há incríveis 39,9% de analfabetos funcionais, comprovando que o governo não se preocupa em promover equidade, tampouco qualidade. Ademais, a insuficiente quantidade de aulas de gramática prevista no calendário escolar torna toda a educação brasileira frágil, pois as outras matérias também dependem da leitura e compreensão. Contudo, a falta de captação e interpretação não é um problema que se restringe somente à escola, muito pelo contrário, ele afeta diferentes âmbitos da sociedade, inclusive a política, pois o eleitor quando lhe falta compreensão é facilmente enganado com promessas de melhorias públicas. Desta maneira, não é incerto afirmar que o analfabetismo funcional cria uma série de prejuízos que vão se agravando, similar à uma “bola de neve”. Fica claro, portanto, que despejar dinheiro público em um sistema educacional defeituoso gera mais desigualdades. Desse modo, é preciso aperfeiçoamentos gerenciais em todo o Ministério da Educação (MEC), assim como a criação de um plano de metas que regularize as receitas para educação nas diferentes regiões do brasil, a fim de gerar equidade na educação. Além disso, o MEC poderia aumentar a carga horaria das aulas de português e, também, criar projetos online sobre interpretação de textos para que os estudantes, bem como a comunidade, tenham a oportunidade de aprimorar a compreensão e interpretação.