Certamente, como proferiu o teórico político Thomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”. As pessoas têm sido moldadas, pelo sistema educacional, a aprender apenas o necessário para se tornarem úteis a imagem do Brasil no cenário internacional, porém praticamente inúteis no cenário nacional. Cria-se, dentro do país, uma ideia de aumento de um número de alfabetizados, a princípio mostra-se ser um grande avanço na educação, se não fosse utilizada para fins errados, que só trarão números maiores no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e dará origem a uma falsa imagem brasileira em escala global. Promovendo o Brasil como país educador, um termo que não devia ser característica de uma pátria com quase 20 milhões de analfabetos, cerca de 8% da população com mais de 15 anos. Doutrina-se o cidadão a aprender apenas o necessário para classifica-lo como alfabetizado, criando apenas mais um problema, o analfabetismo funcional. Certamente, os mais afetados serão os próprios brasileiros, que não sabendo interpretar simples frases nunca poderão ser profissionais renomados ou pesquisadores em busca de conhecimento e desenvolvimento do Brasil. Por todos esses aspectos, são necessárias ações para minimizar essa questão, que terão efeito lento e a longo prazo, como a mudança de percepção do que é um ser alfabetizado, dando uma educação a ele que não só o ensinará a ler e a escrever o próprio nome, mas sim ensiná-lo a pensar e criar, trazendo assim bons frutos para o futuro do país. Como já dizia o filósofo Immanuel Kant: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”.