Segundo Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, a educação sozinha não muda a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Logo a crise econômica, política e social é reflexo do analfabetismo no Brasil. Em primeiro plano, o ciclo da pobreza tem como respaldo a falta de jovens nas escolas. Com o objetivo de obter uma renda familiar extra, os pais que em maioria encontram-se nos subúrbios, retiram os filhos da escola para trabalhar, privando-lhes de aprenderem a ler a escrever. Assim, passando de geração em geração a dificuldade ou até impossibilidade de conseguirem melhores condições de vida tanto monetariamente como socialmente. Ademais, a escolha "as cegas" nas eleições, de voto obrigatório, fomenta a crise política. Sem a alfabetização, as pessoas ficam com os olhos tapados, pois, não conseguem ler jornais ou revistas que mostram candidatos envolvidos em denúncias que infringem as leis, reelegendo os mesmos políticos, que possuem maior popularidade, que não mudam as condições precárias do país. Consequentemente, deixando sistemas gigantescos de corrupção instalarem-se no território nacional. Fica claro, portanto, os empecilhos que o grande número de analfabetos comprometem o desenvolvimento do país. A fim de diminuir o número de jovens que abandonam a escola por causa dos familiares, as ONG's devem criar campanhas junto com as universidades federais mostrando as crianças e aos pais a importância da alfabetização e do estudo e que quanto maior o nível escolar ( fundamental, médio ou superior), maior a remuneração para que esses adultos de amanhã possam com terminar com o ciclo político, econômico e social em que estão inseridos.