Título da redação:

A educação Fordista do século XXI

Tema de redação: A questão do analfabetismo funcional no Brasil

Redação enviada em 27/07/2017

“É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade” Com essa afirmação, o filósofo alemão, Immanuel Kant, fundamenta a importância da educação para o progresso da raça humana. Todavia, na conjuntura atual, observa-se um alto índice de analfabetismo funcional no país, evidenciando um problema no modelo de ensino brasileiro. Dentro desse contexto, cabe entender por que esse cenário se configura como realidade. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto Paulo Motenegro, verificou-se que até 74% dos brasileiros têm algum nível de analfabetismo ou analfabetismo funcional. Esses dados alarmantes demonstram que o problema, apesar de mais acentuado em algumas regiões do Brasil, como o Nordeste (taxa de 30,9%), atinge todo o território nacional. Logo, como consequência dessa condição, o analfabeto funcional é prejudicado no seu convívio social, capacidade de compreensão e entrada no mercado de trabalho. Ademais, é importante constatar que a principal causa do problema em questão é o modelo fordista de educação, que, como nas linhas de montagem das fábricas da Revolução Industrial, tem como objetivo uma educação eficiente, rápida e padronizada. Dessa forma, os jovens tornam-se alienados e vão à escola com um único propósito: Passar no vestibular. Portanto, fica claro que as instituições de ensino atuais não condizem com o século XXI, visto que não utilizam dos aparatos tecnológicos oferecidos pela modernidade e também não priorizam e incentivam a leitura como formadora e transformadora social. O posicionamento assumido nessa discussão demanda duas ações pontuais. A princípio, o MEC deve trabalhar para promover aulas interpretação e leitura nas escolas, além de feiras e cirandas literárias, a fim de estimular a capacidade de interpretação dos alunos. Uma outra ação a ser fomentada pelas Prefeituras, em parceria com o Governo Federal, é a construção de bibliotecas mais bem estruturadas e a distribuição gratuita de livros de autores nacionais nas instituições educacionais. Somente assim será possível amenizar a problemática.