Houve nas últimas décadas uma redução drástica da porcentagem de pessoas que não sabem ler e escrever. Por outro lado, aumentou substancialmente o número de pessoas que não possuem capacidade de ler e compreender as ideias centrais de um texto qualquer. Isso é grave. Na ânsia de ver seu índice de analfabetismo reduzido, o país estabeleceu metas e adotou medidas para cumpri-las visando erradicar o analfabetismo nas últimas décadas, mas ao mesmo tempo que se preocupou em reduzir tais índices, ficou evidenciado que não foi dado a mesma atenção para a qualidade da educação que tanto visava desenvolver indivíduos. Em nossa sociedade atual, é explicito a ausência de indivíduos realmente pensantes dotados de inteligência para a produção de algo primoroso, isto é, algo valioso para a cultura universal. Então, tal condição acaba por impactar e contaminar todo o pensamento e modo de ser de uma sociedade, a ponto dela perder sua identidade, apegar-se em frivolidades e virar as costas para sua própria existência. Ante o exposto, é notório que algo precisa ser feito. Mas o que podemos fazer? O que está ao nosso alcance? Pois bem, a primeira medida para iniciar um efetivo combate à essa causa, é preocupar-se com a qualidade do ensino, seguido do desenvolvimento de um pensamento e cultura nacional que incentive os indivíduos a se aprimorar e ser capaz de produzir algo útil para seus semelhantes.