Título da redação:

Rede maligna

Tema de redação: A questão da segurança da informação em tempos de globalização

Redação enviada em 28/02/2018

Rede maligna É sabido que a maldade humana esteve sempre presente ao longo da história, seja na Roma antiga, registrada historicamente como a cidade mais violenta, seja na escravatura indígena e do negro-africano, comum no Brasil colonial. Contudo, essa maldade continua a prosseguir sobre o século XXI, marcado pela ascensão da internet. Neste contexto globalizado, a segurança da informação revela-se vulnerável sob o predomínio do cibercrime. Os avanços tecnológicos na década de 60 e 70 – como a internet – foram fundamentais para o desenvolvimento da globalização. Contudo, conforme afirmou o cineasta Jaak Bosman, apesar de tal integração ter encurtado as distâncias métricas, aumentaram-se as distâncias afetivas, as quais rompem os laços sociais. Por essa análise, pessoas mal intencionadas transformaram a internet em uma comunidade criminosa, na qual uma de suas intenções é enganar outras pessoas – a técnica do pishing, por exemplo, ocorre no momento em que infrator lança um ataque sobre a rede na expectativa de atingir vários internautas - para roubar-lhes informações de cadastro e dados financeiros, com intuito de utilizá-los para o seu próprio proveito. Em síntese, a selageria humana, que antes tinham espadas e armas de fogos, evoluiu para computador com técnicas hackers. Outrossim, geralmente pela mídia, profissionais na área da segurança aconselham em como o indivíduo deve posicionar-se diante de um assalto, porém, atualmente, a cada três internautas, dois já foram alvos de violações virtuais, conforme o “Relatório Cibercrime 2012” – elaborado pela Norton Antivírus. Nesse ínterim, os usuários acabam por ser prejudicados pelas escassas advertências no que tange a sua proteção virtual, pois se sabe que há um amplo acesso às redes Wi-Fi, em locais públicos e privados, mas várias delas estão desprotegidas de ataques. De modo similar, em 2012 a atriz Carolina Dieckmann, além de sofrer chantagens, teve fotos íntimas roubadas por hackers e publicadas na internet. Em suma, o crime cibernético é real e seu aparente descaso corroboram fortalezas online munidas de flechas contra a integridade pessoal e segurança das organizações. Transfiguram-se, portanto, a necessidade de guerrear contra a maldade para estabelecer a segurança da informação em tempo de globalização. Urge que o Poder Judiciário, em parceria com as delegacias, prossiga com a Lei Carolina Dieckmann, aumente as multas para esse tipo de infração e invista no contingente profissional e especialização da polícia científica, com intuito de identificar facilmente os infratores, puni-los e amenizar as ocorrências desse crime. Somada a essa intervenção, cabe ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações promover em rede nacional propagandas que alertem os cidadãos brasileiros sobre os perigos na internet e os seus meios de denúncias, caso houver revés, além de mobilizar profissionais da área para escolas e locais de trabalho com palestras que deem exemplos de como o cibercrime ocorre e como se proteger, com intuito de conscientizar o corpo social para que haja cautelas entre a rede e os seus usuários. Só assim, o mal de geração será, aos poucos, desconstruído do ambiente virtual.