A manipulação do comportamento individual, no limiar do século XXI, torna-se cada vez mais presente na sociedade. Isso ocorre pela disseminação da internet, no contexto da globalização, e pela expansão do capitalismo, evidenciada pela necessidade de controlar o consumidor por parte das grandes empresas. Em primeira análise, há de se considerar o acirramento das fronteiras entre os países, que ocorre desde o período das Grandes Navegações, iniciado no século XV. Logo, esse fenômeno intensificou-se gradativamente com a difusão da internet, responsável pela recente globalização. Nesse sentido, o campo de atuação dos algorítimos, uma espécie de cérebro artificial que monitora o comportamento dos usuários da internet e direciona-lhes conteúdos de seu interesse, constitui mais de 50% dos brasileiros, ampliando consideravelmente a manipulação dos indivíduos. Além disso, as companhias multinacionais, tendo em vista a maior lucratividade, vislumbram uma necessidade de manipulação do mercado consumidor. Os sociólogos da Escola de Frankfurt, em meio a essa problemática, desenvolveram o conceito de indústria cultural, por meio da qual os cidadãos são constantemente influenciados pela emergência dos grandes instrumentos capitalistas de dominação; nessa caso, o algorítimo. Urge, portanto, que Estado e sociedade atuem em consonância para minimizar os efeitos da manipulação das massas no cenário globalizado. Cabe ao Poder Legislativo, dessa forma, desenvolver leis para combater o uso dos algorítimos no meio virtual, proibindo-os. Além disso, a sociedade deve manter-se atenta com relação ao quanto permite que os grandes meios de comunicação ditem seus comportamentos, autoavaliando-se. Desse modo, o objetivo de impor limites à manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet será alcançado.