É certo que as tecnologias da informação crescem exponencialmente na atualidade, a dez anos atrás, por exemplo, não existia nada parecido com os smartphones que dominam o dia a dia e muito menos algum manual que indicasse os problemas que surgiriam com eles. Dessa forma, a proteção de dados em uma era de globalização é prejudicada, pois, pouco é ensinado sobre como se defender dos riscos e manter a segurança online. No livro “Discurso da Servidão Voluntária” de Étienne de la Boétie, o escritor define que os próprios homens, por hábito e ignorância, se submetem à tirania. Ao contextualizar para os dias atuais, é possível perceber que o comportamento comprava-se na medida que as pessoas expõem suas informações sem antes conferir a segurança no acesso e divulgação de dados, assim, os tirânicos “cibernéticos” ficam livres para cumprir seus objetivos. Prova disso, é a empresa Cambridge Analytica que utilizou-se do Facebook para invadir a privacidade de 50 milhões de pessoas e induzi-las ao voto em um candidato específico durante a campanha presidencial americana de 2016. Além disso, segundo um estudo divulgado na Revista Forbes em agosto de 2017, apenas 24% das organizações possuem um plano de resposta a incidentes que as possibilitariam retornar ao status anterior após um ataque por malware. Nessa perspectiva, é preciso que as instituições percebam a importância de instruir as pessoas à navegarem com segurança e construir uma rede que impeça o avanço de hackers, protegendo-se de problemas como roubo e compartilhamento de dados. Em vista disso, para que o indivíduo não fique à mercê da tirania presente na internet, é preciso que toda a sociedade adote medidas preventivas. No âmbito escolar, o Ministério da Educação deve incluir todos os alunos em aulas de informáticas como forma de prepará-los para as futuras profissões. Ademais, novos profissionais são essenciais para manter a segurança tanto de informações do governo como de empresas privadas, desse modo, expandir o campo online da Polícia Federal torna-se imprescindível. Por fim, a população deve estar atenta sobre os riscos, verificar a credibilidade dos sites de compra, não abrir mensagens suspeitas e saber como agir no caso de roubo de celular contribuirá para uma vida mais tranquila.