No romance 1984, de George Orwell, apresenta-se um tipo de tecnologia, denominado teletela, o qual funcionaria tanto como um televisor, quanto como uma câmera de vigilância, que controlaria a população. Nesse aspecto, na contemporaneidade, com o avanço da tecnologia, muitas informações tecnicamente privadas estão disponíveis, sendo possível uma coleta desses dados, caso não haja segurança. Assim, a falta de funcionários especializados nessa área e, por consequência, o aumento de delitos na internet demonstram que há insegurança tanto no mundo físico quanto no virtual. Após a Guerra Fria, todas as partes do globo passaram a se conectar e se tornaram gradativamente mais dependentes do uso da internet. Nesse contexto, muitos dados pessoais e confidenciais passaram a se alojar nesse meio, contudo a defesa dele não avançou tão rápido quanto ele próprio e, segundo o Relatório Anual de Segurança 2014, há uma carência de um milhão de profissionais capacitados. Com isso, as informações presentes ficam à mercê dos hackers e podem ser, a qualquer momento, extravasados ou roubados por criminosos virtuais. Conforme uma pesquisa da empresa Trend Micro Incorporated, o Brasil é o quinto país do mundo com maior número de fraudes digitais. Assim, o cibercriminoso brasileiro é alguém que busca dinheiro fácil, assim, os crimes digitais, que ainda possuem punição branda, se tornam a melhor opção para eles, além de que como eles estão no anonimato, a maioria dos casos ficam sem solução e o criminoso fica impune. No entanto, nem sempre acontecem por pessoas especializadas, às vezes, os próprios funcionários ajudam os bandidos ou liberam os dados, como ocorreu em 2013, quando um funcionário da CIA vazou conteúdo sigiloso sobre a segurança dos Estados Unidos. Com isso, percebe-se que o País permanece atrasado em relação à seguridade de sua população na internet. Portanto, o Ministério da Ciência e Tecnologia deveria fornecer cursos para os trabalhadores se especializarem nessa área, já que há um déficit nela, além de, em parceria com a mídia, divulgar em propagandas maneiras conscientes de navegar pela web para os usuários serem mais cuidadosos. Dessa maneira, será possível atenuar esses delitos e a sociedade poderá usufruir dela com menos preocupações.