No período anterior à segunda metade do século XX – tida como período inicial da 3º Revolução Industrial-,informações confidenciais de Estado permaneciam restritas a documentos sigilosamente guardados em cofres de repartições públicas, e dados pessoais de indivíduos comuns raramente eram conhecidos por outrem. No entanto, os enormes avanços nas tecnologias de comunicação e armazenamento de dados transformaram esse panorama. Muitas empresas, simples usuários da internet e , até mesmo, agências nacionais de inteligência confiam-se, irrestritamente, na aparente segurança que os sistemas computacionais podem lhes proporcionar. Desse modo, tornam-se alvos fáceis de “hackers” e equipes de espionagem. A internet tem angariado total confiança de muitos usuários por, simultaneamente, proporcionar um espaço de livre circulação de conteúdos e prometer um sigilo e segurança através do ilusório anonimato e do uso de senhas. Entretanto, como têm revelado as pesquisas, a identidade e os dados pessoais desses não estão completamente resguardados. Em meio a esse imenso leque de informações, há também páginas dotadas de programas cuja função é apropriar-se de códigos de acesso e aspectos referentes à privacidade dessas indivíduos. Não somente pessoas tem sua privacidade e segurança violados no espaço cibernético; empresas, instituições e sistema de dados de nações também são vítimas de “ataques hackers”. Tal problema ganhou repercussão internacional quando Edward Snowden, um ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, revelou que o país espionava e colhia informações sigilosas de governos como o do Brasil e da Alemanha. Assim, a ainda comum ingenuidade dos responsáveis pela segurança informacional em relação à perspicácia dos invasores virtuais tem permitido que situações semelhantes a essa continuem a acontecer. Diante de uma época em que os avanços tecnológicos mudaram o modo de armazenar dados, a valoração da segurança virtual torna-se cada vez mais imprescindível. A prudência no fornecimento de informações , essencial para todos os usuários da internet,,deve ser incentivado pelo governo e mídia através de campanhas, nos meios de comunicação .Além disso, é aconselhável que órgão nacionais e empresas busquem a contratação de técnicos especializados em proteção digital.